Astrônomos encontram símbolo do infinito próximo ao centro da Via Láctea

20/02/2013 18:43 Atualizado: 06/08/2013 18:04
Aqui, a formação gasosa está destacada para melhor visualização. O anel de poeira está trançado de forma que passa por cima e por baixo do plano de nossa Via Láctea. Imagem produzida pelo Observatório Espacial Herschel da NASA com equipamentos e câmeras infravermelhos e espectrométricos que identificam a temperatura das partículas cósmicas em diferentes cores segundo suas temperaturas; azul para mais quentes e vermelho para mais frias (ESA/NASA/JPL-Caltech)

O Observatório Espacial Herschel revelou pela primeira vez um completo anel de gás frio empoeirado próximo ao centro da Via Láctea. Mas há um enigma nesta descoberta – o anel parece estar torcido.

A formação de gás gelado está a 600 anos-luz de distância e anteriormente apenas algumas partes podiam ser vistas. O denso anel está misturado com poeira e estrelas estão se formando nele.

Para a surpresa dos astrônomos a formação gasosa é torcida no centro, o que faz parecer um símbolo do infinito.

“Isso é o mais excitante sobre lançar um novo telescópio espacial como o Herschel”, disse Sergio Molinari do Instituto de Física Espacial de Roma num comunicado de imprensa.

O anel se estende por mais de 600 anos-luz pelo espaço e tem cerca de -9°C. Na imagem, a parte mais quente está em azul, a mais fria está em vermelho (ESA/NASA/JPL-Caltech)

O Herschel permitiu que cientistas vissem o anel inteiro pela detecção de luz sub milimétrica que brilha em meio à poeira que está obscurecendo partes da Via Láctea.

“Nós temos um novo e excitante mistério em nossas mãos, aqui no centro de nossa própria galáxia”.

Cientistas acreditam que Andrômeda, nossa galáxia vizinha, possa ter influenciado as atividades de Via Láctea por meio de distúrbios gravitacionais.

Não está claro o motivo do anel não estar exatamente no centro de nossa galáxia, que acredita-se ser próximo a “Sagittarius A*”, onde um buraco negro pode ser encontrado.

“Ainda há muito sobre nossa galáxia para descobrir”, disse o coautor Alberto Noriega-Crespo, do Centro de Processamento e Análise de Infravermelho do Instituto de Tecnologia da Califórnia, no comunicado.

Os resultados foram publicados nas Astrophysical Journal Letters.

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