Astrônomo diz que testemunhamos a “morte de um asteroide”
Astrônomos do Observatório WIYN publicaram novas imagens do asteroide P/2010 A2, destacando que ele tem a forma de um ‘X’ e uma cauda maior do que se pensava.
A cauda atinge um comprimento de um milhão de quilômetros ou cerca de três vezes a distância Terra-Lua.
“Estamos testemunhando a morte de um asteroide. Sabemos que isso já aconteceu com dezenas de asteroides no passado, mas esse é o único que mostra o que está acontecendo”, disse o pesquisador Jayadev Rajagopal, do telescópio Wisconsin Indiana Yale NOAO (WIYN), durante uma reunião da Sociedade Astronômica Americana de Indianápolis.
Quando foi descoberto em 2010, a Universidade da Califórnia informou que esse asteroide se encontra no cinturão principal de cometas, mas ele se diferencia de outros, pois orbita em regiões mais quentes. Além disso, ele revelou ter uma estrutura incomum em forma de ‘X’ e uma longa cauda. Isto sugere que o P/2010 A2 foi recentemente afetado por uma colisão ou pela própria rotação.
Imagens anteriores do asteroide A2 indicaram que a cauda se estendia além dos campos de visão relativamente pequenos da época. Então, astrônomos do WIYN usaram um novo instrumento chamado ODI, uma câmara óptica que oferece campo de visão maior.
Em relação à rara forma de X do asteroide, a anomalia que a teria resultado pode ter ocorrido há cerca de três anos e meio, disse a equipe do WIYN, o que resultou em partículas de poucos centímetros de dimensão distribuídas num tubo em forma de cauda.
“Como a órbita da Terra está no mesmo plano dos resíduos do asteroide, eles são vistos como uma linha ou uma estrutura em forma de cauda”, segundo o WIYN.
“Eventualmente, essas partículas, sob a atração gravitacional do Sol, formarão uma corrente de meteoroides a seu redor. Essa corrente é o que vemos como estrelas cadentes” ao serem arrastadas até a Terra, acrescentou a equipe do Observatório.
O asteroide P/2010 A2 foi descoberto em 11 de janeiro de 2010 por James Annis do Fermilab, Marcelle Soares-Santos do Fermilab, da Universidade de São Paulo e por David Jewitt da Universidade da Califórnia, usando o telescópio linear do Hubble.
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