Apesar de todas as revelações bombásticas das “colaborações premiadas” da Lava Jato, assessores próximos da Presidente Dilma Rousseff avaliam que nada vai acontecer contra o governo, a não ser o desgaste político que já é uma realidade. Na tese palaciana, por ter a caneta mágica do Diário Oficial – que nomeia e firma contratos -, Dilma se torna inatingível. Quem garante a blindagem dela é Luiz Inácio Lula da Silva (outro cujo nome escapa ileso de todos os escândalos).
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Ao contrário da aparente “segurança” oficial, o escândalo do Petrolão toma rumos absurdos para se apostar tão facilmente na impunidade. Os vazamentos já atingem o elo aparentemente mais forte que segura o governo: o PMDB. Paulo Roberto Costa teria delatado uma reunião entre ele, o vice-presidente Michel Temer e Welington Moreira Franco (que sempre foi o articulador entre o partido e as maiores empreiteiras), na qual os peemedebistas teriam até lhe acenado com a presidência da Petrobras, em troca de alguma colaboração. Outras delações de Costa também atingiriam o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente da Câmara, Henrique Alves.
As delações de “Paulinho” – como Lula da Silva se referia a ele – também atingiriam a cúpula do PT. Em 2011, foi relatada uma reunião na residência oficial do então presidente da Câmara, o petista Marco Maia, na companhia do deputado Arlindo Chinaglia, e de Costa. Também teria sido acenada a Paulo Roberto a chance de chegar à Presidência da Petrobras, caso colaborasse com o partido. Outras delações de Costa e do doleiro Alberto Youssef incriminariam o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
A sujeira fica ainda maior quando vaza que o doleiro Alberto Yousseff revelou que, a seu pedido, o empresário Carlos Habib Chater, dono de postos de combustíveis em Brasília, fez pagamentos de propinas de obras da Petrobras a políticos em Brasília. Youssef garantiu que existe contabilidade que comprova as operações de entrega de dinheiro a Chater para repasse aos políticos. Também preso na Operação Lava-Jato, Chater é considerado pela Polícia Federal como um dos maiores doleiros de Brasília. Por enquanto, ele nega tudo e não aceita entrar na “colaboração premiada”…
É muito estranho – e pode ser mais um conto de fadas petista – que as investigações do Departamento de Justiça dos EUA sobre escândalos na Petrobras ainda não apavora completamente o governo Dilma. Nem a declaração do presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, denunciando que os desvios na Petrobras envolvendo refinarias e plataformas de petróleo são o maior escândalo financeiro já apontado pelo TCU. Foi identificado um desvio de R$ 1,6 bilhão no processo de compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Sem falar nos investimentos no Comperj, no Rio, que o TCU estima terem indícios de sobrepreços próximos de R$ 300 milhões.
Editado por Epoch Times