No dia internacional da prematuridade, 17 de novembro de 2011, a Rede de Saúde Ambiental francesa (RES) reiterou suas advertências em relação ao aspartame e aos riscos do parto prematuro.
Na verdade, uma carta foi enviada a Xavier Bertrand, ministro da Saúde francês, pedindo a difusão de mensagens de advertência contra o consumo do aspartame, substituto do açúcar contido em mais de 6 mil produtos alimentícios (bebidas, doces, chicletes, etc.), por mulheres grávidas.
Um estudo dinamarquês publicado em dezembro de 2010 no American Journal of Clinical Nutrition e baseado na observação de 60 mil mulheres grávidas, revelou uma ligação entre o consumo de bebidas gasosas que contenham adoçantes e o risco de parto prematuro. O consumo diário de refrigerante “light” aumenta o risco em 27%! No entanto, esse risco deixa de existir quando a mãe consome bebidas com açúcar, que não contenham adoçantes sintéticos.
A RES já tinha alertado, em fevereiro de 2011, os organismos de vigilância sanitária como a ANSES (Agência sanitária alimentícia) e a EFSA (Agência europeia de segurança sanitária), mas elas acharam inútil fazer recomendações às mulheres grávidas, assim como reavaliar a dose diária admissível que é de 40mg de aspartame por cada quilo de massa corporal. Na verdade, segundo elas, o consumo de adoçantes está geralmente ligado a problemas de diabetes ou a obesidade, o que prejudica as mulheres grávidas, portanto, essa seria a verdadeira origem dos partos prematuros.
Na França, um relatório da DREES (Diretoria de Pesquisa, Estudos, Avaliação e Estatísticas), publicado em outubro de 2011, mostra que a prematuridade aumentou de 5,9% em 1995 para 7,4% em 2010, ou seja, 1,5% em 5 anos.
Os efeitos da prematuridade são diversos: atrasos no desenvolvimento, autismo, morbidade respiratória, etc., e são graves o suficiente para alertar as futuras mães sobre o risco que elas assumem ao consumir certos tipos de alimentos.
Desde a publicação do estudo dinamarquês, outros estudos¹ vieram confirmá-lo, o que levou a RES a dizer o seguinte: “À luz dos dados científicos validados, os quais nos mostram graves riscos para a saúde do recém-nascido, as grávidas devem ser encorajadas a largar o consumo diário de bebidas gasosas light que contenham aspartame, assim como todo alimento ou medicamento que o contenha. Devemos também lembrar que os adoçantes são produtos nutricionalmente inúteis e que certamente produzem o efeito inverso do que supostamente deveriam produzir.”
¹ http://reseau-environnement-sante.fr/