Asma e biocibernética bucal: redimensionando o aporte de ar

13/05/2015 07:00 Atualizado: 13/05/2015 07:36

Todas as doenças percebidas apresentam sintomas em determinadas regiões do organismo. A asma é uma delas e possui sintomas bem conhecidos, como: dificuldade respiratória pela falta de ar, chiado, aperto no peito, tosse e cansaço na região do tórax. Os sinais são comuns e comprometem as vias respiratórias ou brônquios, que são regiões que permitem a ventilação do mecanismo respiratório.

Em todos os casos de doenças das vias respiratórias o espaço oral (oral por estar na cavidade oral e permitir o movimento da língua) é de vital importância funcional para a saúde. Sem exceção, em todos os casos de doenças respiratórias ele está seriamente comprometido, diminuído por alteração tridimensional, ou seja, na altura (separa nariz do queixo), na lateralidade (esquerda/direita) e na profundidade (separa garganta dos lábios).

Essas alterações, além de desorganizarem a harmonização energética do ar presente na região, diminuem o tamanho da forma espacial que, por sua vez, diminui o volume de ar contido na cavidade oral com os lábios fechados.

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Essas alterações comprometem a 4ª dimensão: o espaço que fica na parte posterior da língua e que recebe o ar atmosférico pelo nariz, antes de alcançar os alvéolos.

A língua exerce a função de válvula para a respiração e a oxigenação do organismo, e permite comer e respirar ao mesmo tempo sem engasgarmos ou engolirmos ar.

Os métodos para diagnóstico, alívio ou até cura da asma são numerosos e muito discutidos, mesmo que suas causas sejam pouco esclarecidas. Os sintomas variam com o tempo e com a idade, agravando-se à noite, pela manhã ao acordar, em atividades mais intensas, em estados emocionais contidos e em certas condições ambientais.

Alguns afirmam que a asma é uma doença incurável, podendo estar presente com sintomas periódicos, que, assim, podem ocorrer ou desaparecer sem causas aparentes. Quando se acredita que a causa torna-se conhecida, como, por exemplo, a poeira, a presença de fungos e ácaros, a mudança brusca de temperatura e outros, a vida pode fluir normalmente, desde que se evite o fator que desencadeie a doença.

Considerando que nada acontece por acaso e lembrando que os sintomas são resultados das alterações nas vias respiratórias e brônquios, vamos considerar a questão abordando brevemente a função pelo mecanismo respiratório.

Melhorando o entendimento da asma através da biocibernética bucal

É conhecido que qualquer estrutura que deixa de executar a função para a qual foi formada, por longo período, sofre uma atrofia parcial ou total. Assim é uma articulação que sem movimento perde a função, ou o estômago que recebe pouco ou, ao contrário, muito alimento, e atrofia ou dilata. Este princípio sendo verdadeiro será também para as vias respiratórias e brônquios: as vias respiratórias têm o seu diâmetro reduzido e até mesmo os alvéolos se tornam menores quando suas funções deixam de ser executadas corretamente. A deficiência respiratória desencadeia o fechamento ou a obstrução de espaço interno.

É fácil de entender isso observando o processo medicamentoso indicado com broncodilatadores (dilatar o que está mais fechado), usado nas conhecidas bombinhas para alívio dos sintomas da dispneia, especialmente nas doenças obstrutivas das vias respiratórias, como a asma.

Esses medicamentos, como diz o próprio nome, provocam dilatação das vias respiratórias e brônquios, pois essas podem estar mais ou menos atrofiadas (mais fechadas) devido à deficiência respiratória, ou tensionadas pela emoção contida, dificultando a ventilação no mecanismo respiratório.

Está comprovado que a função altera a estrutura e vice-versa, segundo o movimento feito de acordo com a velocidade e o tempo. Profissionais odontólogos, através da biocibernética bucal, fazem um tratamento que facilita o mecanismo respiratório, permitindo ventilação às vias respiratórias, com resgate do tamanho e da forma do espaço oral.

O espaço oral é importante para a função respiratória: lembra uma bomba a vácuo que suga o ar para a respiração pelo nariz.

O movimento da respiração depende do ar interno e este existe onde há espaço: espaço – com lábios fechados – na cavidade oral, espaço nas narinas, espaço na árvore brônquica, espaço nos alvéolos, espaço interno.

Pouco ou nada adianta existir espaço externo, para o infinito, se internamente, começando pela cavidade oral, está limitadamente diminuído.

Com pouco espaço interno, a respiração fica prejudicada e algumas doenças – principalmente das vias respiratórias – tornam-se crônicas, sem cura.

Com espaço interno muito prejudicado e a consequente baixa oxigenação, outras doenças podem sofrer agravamento, pois os neurônios saudáveis – que, como todos outros tecidos, dependem fundamentalmente do oxigênio – é que determinam funções adequadas e o discernimento em tudo, organizando assim as demais funções orgânicas.

Muitos asmáticos têm se beneficiado com a biocibernética bucal. O tratamento pela biocibernética bucal é feito através de aparelhos utilizados na boca, que permitem reorganizar as maxilas, a altura e a oclusão dos dentes. Eles também reorganizam a postura da cabeça com a postura corporal e, com maior atenção, resgatam o espaço oral, facilitando a função da língua. Tudo isso permite uma melhor entrada de ar e de suprimento de oxigênio para os pulmões e para todo o organismo, tratando de forma notável as doenças respiratórias e a asma.

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