Arte de Zhen-Shan-Ren inspira prefeitos e conselheiros de Londres

13/08/2012 03:00 Atualizado: 06/08/2013 16:29

Esquerda-direita: Conselheiro Clive Bennett, prefeito do bairro londrino de Lambeth; conselheira Belinda Donovan, prefeita do bairro londrino de Hammersmith & Fulham; conselheira Rita Palmer, prefeita do bairro londrino de Richmond upon Thames; e o acompanhante Sr. Adrian Palmer. (Simon Gross/The Epoch Times)LONDRES – Conselheiros descreveram reações de tristeza, esperança e determinação pela defesa dos direitos humanos depois de uma visita privada à Exposição Internacional Arte de Zhen-Shan-Ren, agora aberta ao público em La Galleria no Pall Mall.

“Foi esclarecedor […] em todos os sentidos da palavra”, disse a conselheira Ingrid Cranfield de Lower Edmonton, localizado no norte de Londres. Música tradicional chinesa tocava tranquilamente no fundo enquanto ela caminhava através de cenas contrastantes de tortura e de grande paz espiritual, experiências vividas pelos praticantes do Falun Gong na China.

O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma prática de cultivo espiritual que começou a se espalhar rapidamente na China em 1992. Seus três princípios principais são Verdade (Zhen), Compaixão (Shan) e Tolerância (Ren); como uma prática que eleva a mente e o corpo, ela também inclui exercícios e meditação.

Em 1999, o então secretário-geral da República Popular da China, Jiang Zemin, iniciou uma campanha de repressão. Ele descobriu através de um censo do Estado que o número de praticantes do Falun Gong, mais de 70 milhões, era maior do que o número de membros do Partido Comunista Chinês (PCC). Depois de anos de apoio à prática, o PCC decidiu liquidá-lo por qualquer meio. Treze anos de sofrimento se seguiram.

“O que me dá esperança e confiança”, disse o conselheiro Ian Wingfield de Southwark, “é que as pessoas têm crenças muito fortes e as crenças vencem tudo no fim do dia. Por todo o sofrimento que está acontecendo, eu acho que no final do dia, algo bom sairá do sofrimento. Acho que é por isso que todos devem olhar para frente.”

A tristeza dos órfãos, o sofrimento dos pais que perderam seus filhos na perseguição, é equilibrado por cenas de meditação pacífica e de reinos celestiais.

Os artistas usam técnicas de pintura ocidentais clássicas a óleo; eles designam seu trabalho como arte “neorenascentista”. A exposição também inclui aquarelas e motivos clássicos chineses em seda e papel.

“Pinturas belíssimas, eu gosto do estilo tradicional”, disse a Sra. Cranfield. Ela gostou particularmente de uma das pinturas que retratava uma pequena cidade chinesa, “É uma imagem que você pode explorar, você quase pode ir para uma caminhada nela”, disse ela.

O professor Zhang Kunlun, anteriormente um artista famoso na China, também é uma vítima da perseguição. O PCC o encarcerou por praticar o Falun Gong. Após sua libertação, conseguida com a ajuda do governo canadense, Kunlun começou a turnê da Exposição Internacional Arte de Zhen-Shan-Ren com um grupo de artistas simpáticos.

O conselheiro Clive Bennett, prefeito de Lambeth, admirou “o poder dos próprios artistas”.

A principal mensagem que o Sr. Bennett tirou foi “o poder da arte na tentativa de chegar a um acordo com uma oportunidade para as pessoas mudarem seus pontos de vista. [Para as pessoas] olharem para algo como uma colheita de órgãos e dizerem, ‘Como pode o Ocidente aceita algo como isso e ainda estar preparado para fazer negócios com um país que se satisfaz em cometer tais atrocidades e resistir a todas as críticas em mudar seus direitos humanos?”

O ex-secretário de Estado canadense David Kilgour e o advogado internacional de direitos humanos canadense David Matas foram indicados ao Prêmio Nobel da Paz em 2010 por exporem a colheita forçada de órgãos de pessoas vivas realizada pelo regime chinês. O PCC retira órgãos de praticantes do Falun Gong vivos para vendê-los aos chineses ou estrangeiros ricos, segundo Kilgour e Matas. O estilo de vida saudável dos praticantes faz seus órgãos particularmente úteis para a brutalidade do regime.

“Você não pode suprimir a crença para sempre, porque a história nos mostra que não haverá policiais suficientes”, disse Wingfield.

A Sra. Cranfield sentiu a responsabilidade de defender os direitos humanos como uma representante pública. Ela disse que se a questão for tratada ao nível do conselho, isso poderia chegar até os degraus mais altos do governo. Ela disse, “No lugar certo, na hora certa e com os motivos certos, uma pessoa pode fazer a diferença.”

A Exposição Internacional Arte de Zhen-Shan-Ren ocorre em La Galleria, Pall Mall, 30 Royal Opera Arcade, Londres até 18 de agosto de 2012. A exposição está aberta diariamente das 10h-19h, exceto em 6 de agosto até 5h e 18 de agosto até 16h.

Reportagem adicional de Xiaomin Pang.