Tinha 20 anos quando comecei a aprender a cozinhar, e entendi o significado de uma alimentação saudável. Até então, minha ideia de uma salada de tomate ricamente preparada vinha de uma lata de extrato de tomate com um pouco de orégano, alho em pó e um toque de pimenta vermelha.
Afortunadamente fui introduzida no mundo da vida saudável, e tive a sorte de participar de uma escola de nutrição holística, onde fiz minha primeira inscrição em um curso de cozinha, ministrado por uma mulher chamada Petra.
Petra era uma mulher formosa, doce, esbelta, que inspirou a todos aqueles que puseram os pés em sua cozinha. Ela amorosamente segurava acelgas verdes para que todos nós a admirássemos. Não são formosas?
E como eram! Ela então apontava os detalhes das formosas folhas, segurando as firmes folhas de cor verde brilhante, de aspecto fresco e nos mostrava que não estavam murchas nem amareladas, algo que ocorre com as verduras deterioradas.
“Veem como cada folha possui veias correndo através de sua superfície?” Petra explicava enquanto marcava com o dedo no centro da folha. Todos assentiam com assombro a esse básico detalhe que até agora nunca havíamos prestado atenção. “Estas veias levam água e minerais a essa folha desde as raízes da planta. Elas alcançam até acima, até o céu, o que indica sua natureza Yin”.
No preparo das verduras, Petra nos instruiu cortar as folhas na mesma direção das veias, para preservá-las em bom estado e estar em harmonia com seus padrões de crescimento. Essa abordagem em relação ao preparo dos alimentos me ajudou a apreciar a arte de cozinhar e o desejo de estar mais sintonizada com os padrões da terra, do Yin e do Yang.
Também pude desenvolver habilidades que nunca irei esquecer, já que, para mim, fazem muito sentido. Essas aulas me ensinaram como desenvolver uma boa relação com os ingredientes, abrindo uma nova dimensão em relação aos alimentos.
Na escola de nutrição, fiquei emocionada com a forma de vida macrobiótica, e levei rapidamente ao meu companheiro de quarto uma sopa de cenoura com um toque de gengibre, acompanhada de missô um pouco diluída com o “crocante” arroz integral (tive uma tendência a queimar o arroz no início dessa jornada).
Apesar dos meus desastres culinários, segui adiante porque a dieta macrobiótica ensina a buscar o equilíbrio entre Yin e Yang para estar em sintonia com os elementos da terra. Essa filosofia encaixou-se tão bem comigo, que sonhava com a arte de cozinhar seguindo o caminho de um equilíbrio perfeito.
Mesmo não seguindo atualmente uma dieta macrobiótica, a qual me ajudou a encontrar o tipo de equilíbrio que estava buscando, pude apreciar a arte de cozinhar. Ainda tenho comigo meus livros de cozinha e receitas macrobióticas, e o amor para incorporar muitos desses pratos em minhas refeições.
Posteriormente, em minha jornada pela busca de uma boa saúde com um corpo esbelto, e sem a sensação de privação, descobri a escritora britânica Sophie Dahl (neta do Roald Dahl). Tornou-se famosa como uma modelo voluptuosa, e logo perdeu muito peso quando descobriu como conseguir comer satisfatoriamente de maneira saudável.
Dahl escreveu livros de culinária com receitas deliciosas, e histórias de sua jornada a uma vida mais sã e nutritiva. Seus pratos são saborosos e seus livros de cozinha sempre têm um toque de indulgência (seus livros possuem sessões de sobremesas incríveis e estão ali simplesmente para servir ao seu gosto).
A viagem foi interessante, desde uma dieta de alimentos processados a uma estrita dieta macrobiótica. Manter-me determinada e estrita foi uma experiência fabulosa, porque tive que aprender o que significa o compromisso de viver uma vida saudável. Descobri que viver em equilíbrio também significa viver sem medo e ser suficientemente saudável, para ocasionalmente, desfrutar de alimentos “picantes”.
Hoje em dia, me alimento de tudo, porém ao ponto de não ser adicta a nada. Gosto das sobremesas refinadas, mas posso também passar meses sem elas e não penso mais nisso. Se me encontro com demasiada demanda de açúcar, pão ou carnes, regresso e volto novamente a me equilibrar.
Um vegetal para queimar as gorduras
No outono, mantenha seu corpo saudável e com o metabolismo mais acelerado, acrescentando nabos em sua dieta.
“Uma mesa de verão cheia de deliciosos pratos com influências mediterrâneas, agora posso conseguir com… nabos do mercado do agricultor em fatias finas pulverizadas com trufa, sal e menta”, Dahl escreveu seu livro de temporada a temporada: Um ano de receitas.
Dahl menciona que os nabos são o alimento perfeito para o outono, e uma escolha brilhante para digerir o excesso de gordura e as secreções do corpo.
Existem nabos picantes e doces (quando preparado no vapor, acentua o sabor doce). Os nabos são desintoxicantes. Eliminam resíduos alimentares, lubrifica as mucosas e ajuda a manter os pulmões úmidos, de acordo com Paul Pitchford, em seu livro “Healing With Whole Foods”.
Pode preparar os nabos como sugere Dahl, em fatias finas e dar um toque de trufa, sal e menta ou como condimento para aromatizar o prato e deixá-los mais ao estilo asiático. Uma receita fácil de fazer é: misturar um talo ralado de nabo daikon fresco com cenoura ralada, e agregar um pouco de molho de soja.
Pode consumir diariamente essa receita para combater as infecções virulentas, como o resfriado comum e gripe. Porém, como todos os alimentos modificam o equilíbrio de nossos sistemas orgânicos, evite o consumo de nabos de forma prolongada se você está normalmente resfriado e com baixo peso.
Tysan Lerner, é consultora de saúde e personal trainer certificada. Ela ajuda as mulheres a alcançar seus objetivos corporais e de beleza sem passar fome, ou passar horas no ginástica. Seu site é www.lavendermamas.com