Há “provas claras e convincentes” de que gás sarin foi usado em 21 de agosto na área de Ghouta, nos arredores de Damasco, capital da Síria, afirma o relatório da equipe das Nações Unidas que investiga o uso de armas químicas no país.
O relatório, entregue ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no domingo (15) e tornado público nesta segunda-feira (16), conclui que, com base em provas obtidas durante a investigação do incidente em Ghouta, “armas químicas foram usadas no conflito em curso entre as partes na [Síria], também contra civis, incluindo crianças, em uma escala relativamente grande”.
A equipe, liderada pelo cientista sueco Åke Sellström, também conclui que as amostras coletadas — ambientais, químicas e médicas — fornecem “provas claras e convincentes de que foguetes contendo o agente sarin foram usados em Ein Tarma, Moadamiyah e Zamalka, na área de Ghouta em Damasco.”
O secretário-geral da ONU apresentou nesta segunda-feira o relatório ao Conselho de Segurança da ONU e, na sequência, aos membros da Assembleia Geral.
Em 1993, a Convenção da ONU sobre Armas Químicas foi assinada por 162 países membros. Atualmente, já conta com 189 países membros, representando 98% da população global.
O tratado proíbe a produção e o armazenamento de diversas armas químicas, inclusive o sarin. O tratado entrou em vigor em 29 de abril de 1997 e pediu a destruição completa de todos os arsenais das armas químicas especificadas até abril de 2007.
O gás sarin foi classificado como arma de destruição em massa na Resolução 687 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de 1991.
Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil