O Pentágono declarou: “A China tem o programa espacial com o mais rápido amadurecimento no mundo”. No entanto, a natureza dos recentes desenvolvimentos espaciais da China tem levado os especialistas militares a questionarem quais são as verdadeiras intenções espaciais do regime chinês.
Entre as questões-chave estão os testes do regime chinês com armas espaciais. O regime tem consistentemente dito publicamente que está testando algo mais estratégico em termos militares.
Os Estados Unidos estão preocupados com “o contínuo desenvolvimento de tecnologias espaciais destrutivas” impulsionado pelo regime chinês, o qual é uma “ameaça a todas as nações com ambições espaciais pacíficas”. Isso consta no relatório anual do Pentágono de 2015 ao Congresso sobre os desenvolvimentos militares do regime chinês.
Esses programas são particularmente preocupantes para os Estados Unidos. Parte significativa do poder militar moderno depende de satélites: de satélites de GPS e a satélites sistemas de comunicação e alerta precoce de ataque.
O relatório do Pentágono afirma que o desenvolvimento de armas chinesas projetadas para desativar ou destruir satélites são “incompatíveis com as declarações públicas do regime chinês sobre a utilização do espaço para fins pacíficos”.
O mais aberto e notório dos testes de armas foi em janeiro de 2007, quando o regime chinês lançou um foguete e destruiu um de seus próprios satélites. No entanto, atualmente as armas espaciais desenvolvidas na China vão muito além de simples foguetes, incluem armas de energia dirigida e satélites bloqueadores de sinais.
Colocando mais suspeita sobre o programa espacial chinês já sob suspeita, especialistas chineses em defesa militar têm publicado em revistas especializadas textos sobre novas armas espaciais chinesas, afirma o relatório do Pentágono. No entanto, “nenhum programa antissatélite foi ainda oficialmente reconhecido pelo regime”.
As matérias publicadas pelos especialistas militares chineses “enfatizam a necessidade de destruir, danificar e interferir com satélites de reconhecimento e comunicação do inimigo”, afirma o relatório do Pentágono. A afirmação sugere que o regime chinês possivelmente já tenha satélites de navegação e alerta precoce de ataque “para cegar e impedir a escuta de o inimigo”.
O pensamento militar do regime chinês é que destruir ou capturar satélites do inimigo pode “despojar o adversário da iniciativa no campo de batalha e [tornar difícil] que ele use plenamente suas armas de precisão teleguiadas”.