O Ministério do Interior do Panamá concluiu que o armamento localizado no mês passado em um navio de bandeira da Coreia do Norte, no Canal do Panamá, “viola sem qualquer dúvida” as determinações definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). A instituição proíbe a Coreia do Norte de exportar ou importar quaisquer tipos de armamentos. O Conselho de Segurança da ONU avaliará as medidas que serão tomadas em relação ao armamento, à embarcação e aos tripulantes.
A conclusão foi baseada em avaliação feita por especialistas das Nações Unidas que inspecionaram mísseis e aviões cubanos. É a primeira comunicação das autoridades do Panamá sobre os resultados da investigação. Os peritos internacionais submeterão o relatório ao Conselho de Sanções, que faz parte do Conselho de Segurança da ONU.
O Conselho de Segurança definirá se a existência de armas na embarcação viola o regime de sanções. Em 10 de julho, o navio Chong Chon Gang, que vinha de Cuba, foi revistado pelas autoridades no Canal do Panamá por suspeita da presença de droga escondida num carregamento de açúcar.
Apesar da resistência manifestada pela tripulação, as autoridades descobriram material militar em meio aos sacos de açúcar. Os Estados Unidos e outros países informaram, entretanto, que a descoberta das armas cubanas não declaradas constituía violação das sanções adotadas pela ONU em relação à Coreia do Norte.
Em meio à controvérsia envolvendo o tema, os 35 norte-coreanos que estavam no navio foram detidos e podem ser condenados a até 12 anos de prisão por tráfico de armas. Vários deles tentaram se jogar no mar e o capitão teria tentado se suicidar, no momento da vistoria pelas autoridades panamenhas.
Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Brasil
Com informações da Agência Lusa