A armadilha das conclusões precipitadas no ambiente de trabalho

22/07/2013 16:15 Atualizado: 22/07/2013 22:47
Manter um diálogo aberto pode acabar com o hábito de julgar pessoas por suas ações
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Apesar das transformações no cenário corporativo, os rótulos ainda estão presentes (Comstock Images/Photos.com)

As palavras não podem te machucar, mas é importante escolhe-las com cuidado. Em minhas palestras eu sempre sugiro: “Meus pais não eram pobres, pois eles simplesmente não têm um monte de dinheiro.” Pobre é um rótulo. A falta de dinheiro é frequentemente uma condição temporária.

Rotular as pessoas como boas ou más é um hábito do passado, mas outras marcas ainda persistem. Alguns gestores cometem o erro de rotular as atitudes dos funcionários com base em suposições do gerente sobre pistas comportamentais visíveis.

Os funcionários são muitas vezes rotulados como “solitários” ou “individualistas” com base em interpretações erradas de seus comportamentos. Os funcionários são muitas vezes se sentem surpresos aos descobrirem como seus comportamentos estão sendo mal interpretados.

Um dia o gerente de uma empresa expressou insatisfação com o compromisso de um funcionário e me disse: “Ela vai embora pontualmente às 17h. Às 17h01 ela já está no estacionamento da empresa, o que mostra que ela não está comprometida com a finalização do trabalho”.

Eu perguntei: “Será que ela já lhe disse que ela estava descompromissada? Ele respondeu:  “Claro que não, mas às vezes há um trabalho importante a se fazer e ela o deixa”.

Após uma investigação maior sobre os motivos que a levavam a fazer isso, descobriram que a funcionária é uma mãe solteira com uma filha para que sai da escola às 17:30.

Como você se sente sobre o seu nível de compromisso agora? Será que seus sentimentos mudam quando você descobre a verdade? Uma vez que seu gerente se dá conta de sua situação, seu ponto de vista de sua atitude mudou.

Verifique os seus pensamentos. Você dá significado ao comportamento de outras pessoas, chamando a atenção delas baseado apenas em suas atitudes?  A mente humana é a nossa fronteira final. Podemos escolher audaciosamente aonde levá-las.

Uma amiga e eu jogamos um jogo de palavras, especialmente quando ela fica frustrada com seu noivo. “Ele é um idiota,” ela diz. “Ele não é um idiota. Só está apenas agindo como um”, eu sempre a lembro disso.  Aqui estão mais alguns exemplos de leitura da mente:

• Eu não gosto de seu / sua atitude

• Ele / ela não se preocupa com ninguém

• Tudo o que eles querem é o nosso dinheiro

• As pessoas não querem trabalhar duro

• Ela/ele é arrogante

• Ninguém se preocupa mais com a qualidade do trabalho

• As empresas não se preocupam com os trabalhadores

• Os trabalhadores são preguiçosos e sem pontualidade

Ações e dicas

Quando se cair na armadilha de leitura da mente, lembre-se de que você realmente não sabe os motivos que justificam a atitude de outra pessoa. Você está simplesmente observando seu comportamento.

Você podia adivinhar seus motivos, mas antes você fizer isso, lembre-se de quantas vezes os outros fazem suposições erradas sobre suas intenções e motivos.

As pessoas podem mudar seu comportamento, mas eles não podem alterar a essência de quem eles são. Comprometa-se em largar o mau hábito de interpretar o que os outros pensam e veja o que isso pode te proporcionar.

Dave Mather é um especialista em Melhoria de Desempenho na Dale Carnegie Business Group, em Toronto. 

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