Um grupo de “cientistas da mudança climática” ficou preso no gelo antártico no barco de bandeira russa “Akademic Shokalskiy”, mas foram felizmente resgatados e passam bem. Um helicóptero do quebra-gelo chinês “Xue Long” (“Dragão da Neve”) os conduziu até o australiano “Aurora Australis” que prudentemente não ingressou na área.
Mas, o “Dragão da Neve” não conseguiu quebrar o gelo e também acabou preso pelo mar em fase de congelamento malgrado o verão antártico. Os tripulantes dos dois navios ficaram a bordo e aguardam serem liberados pelo quebra-gelo “Polar Star” da Guarda Costeira dos EUA, o único habilitado para a tarefa.
A mídia, entrementes, omitiu dizer o que ia fazer a equipe de cientistas: demostrar o aquecimento global!
40 de 41 (97,5%) das crônicas de jornal impresso ou virtual, recenseadas por Mike Ciandella, analista do Business & Media Institute, abafaram o objetivo anunciado pelos cientistas até a ocorrência. O noticiário camuflou os cientistas como “passageiros” ou “turistas”.
A agência AFP apontou os perigos da expedição, a falta de conhecimento do mar da região e a inexperiência dos participantes, além dos riscos do resgate.
A história é hilariante, mas reveladora do clima ideológico e pretensamente científico com que vem sendo tocada a propaganda do “aquecimento global” e da “mudança climática”.
O líder da expedição foi Chris Turney, professor de mudança climática na Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália. Em seu site pessoal, Turney havia anunciado que o objetivo era “descobrir e comunicar as mudanças ambientais que estão ocorrendo no Sul”.
O perigoso fiasco não lhe ajudou a criar juízo. Em entrevista a Fox News, Turney reafirmou sua crença no derretimento global dos polos. “O gelo marinho está desaparecendo devido à mudança climática, mas aqui o gelo está se acumulando”, acrescentou ele num comunicado, sem se importar com a contradição da situação. E depois de uma tentativa de justificação concluiu: “estávamos no lugar errado, na hora errada”.
De fato, o frio na Antártica vem aumentando de modo consistente há 35 anos, segundo a NASA. Respeitadas as oscilações cíclicas, a expansão da superfície gelada da Antártica cresce há 150 anos. O total da superfície gelada do planeta aumenta regularmente há 25 anos, pois o gelo antártico compensa a diminuição cíclica e temporária da camada de gelo do Ártico.
A marinha australiana conhecia bem o local, mas os alegres ambientalistas ficaram escravos de seus mitos e o navio alugado “Akademic Shokalskiy” amanheceu o dia 30 de dezembro encravado numa banquisa de 4 metros de profundidade.
Os ambientalistas pretendiam refazer o percurso da épica mas trágica expedição do explorador Douglas Mawson. Em 1912, Mawson protagonizou uma histórica façanha de supervivência, passando dois anos na Antártida, vencendo dificuldades gigantescas e ficando como único sobrevivente de uma falida expedição ao polo sul magnético.
Obviamente, os aquecimentistas não estavam dispostos a sofrer nem a milésima parte do que padeceu seu herói e fugiram de helicóptero na primeira dificuldade. Não lhes faltará financiamento para nova excursão, visando provar que o planeta esquenta por todo lado.
Esta matéria foi originalmente publicada pelo blogue Verde: a cor nova do comunismo