Aprovado feriado escolar durante Conferência Mundial do Meio Ambiente

19/05/2012 15:24 Atualizado: 19/05/2012 15:24

Escola Municipal Rivadavia Manoel Pinto, em Pedra de Guaratiba, Zona Norte do Rio. Lei que declara feriado escolar durante Rio+20 já aguarda sanção do Prefeito. (AF Rodrigues/Prefeitura Rio)Para prefeito, trânsito já saturado do Rio não suporta receber as mais de 50 mil pessoas, entre as quais 100 chefes de Estado, previstas para os três últimos dias da conferência

RIO DE JANEIRO – A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou definitivamente nesta quinta-feira (17/04) o Projeto de Lei nº 1.374/2012, que decreta feriado escolar na cidade nos dias 20, 21 e 22 de junho, quando acontecerá o encontro da Cúpula dos Chefes de Estado (RIO+ 20). Pela proposta, não haverá aula, neste período, em todos os estabelecimentos educacionais, incluindo os de educação infantil e de ensinos fundamental, médio, técnico ou superior, bem como as creches e as escolas e cursos, de qualquer nível ou natureza, reconhecidos ou não.

A Rio+20 terá três etapas distintas. Entre 13 e 15 de junho acontecerá a III Reunião do Comitê Preparatório, em que autoridades nacionais e estrangeiras buscarão acordos para o desenvolvimento sustentável da humanidade. Em 16 de junho, terão início a Cúpula dos Povos e os diálogos sustentáveis, que contarão com a participação de diversos segmentos da sociedade civil. Por fim, de 20 a 22 de junho, são esperados mais de 100 chefes de Estado e de Governo para deliberar sobre as negociações realizadas.

Na justificativa do projeto, a Prefeitura do Rio esclarece que “para minimizar os transtornos para a população e garantir a segurança e o sucesso do evento, faz-se necessário reduzir o fluxo de veículos na cidade no período”. A lei segue agora para sanção do prefeito Eduardo Paes.

Para o prefeito, o trânsito já saturado do Rio não suporta receber as mais de 50 mil pessoas que estão previstas para os três últimos dias da conferência, devido ainda ao fechamento de vias e aos rígidos protocolos de segurança para a recepção das autoridades e chefes de Estado.

A medida já provoca discussões na população sobre se essa também será a saída a ser adotada durante os próximos grandes eventos na cidade e até onde se trata de real necessidade ou da incapacidade de terminar dentro do prazo as obras de infra-estrutura requeridas para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.