Quando um oficial de alto escalão na província de Guangxi foi assassinado na frente de sua casa por um peticionário em 13 de dezembro, websites de rede social chineses reagiram aos relatos oficiais com ceticismo e desprezo, enquanto alguns apelaram pela matança de mais oficiais do Partido Comunista.
Artigos oficiais em jornais controlados pelo Partido Comunista atribuíram a morte por esfaqueamento de He Bin, o chefe da Secretaria de Planejamento da cidade de Liuzhou, a uma tentativa desastrosa de assalto, enquanto houve postagens do microblogue sugerindo que um peticionário o teria matado, segundo o jornal Diário do Sul.
He Bin foi esfaqueado várias vezes pelo peticionário Luo Haomin, que o seguiu até sua casa. Durante o esfaqueamento, Luo Haomin detonou um dispositivo caseiro explosivo, matando He Bin e ferindo sua esposa.
Numerosos internautas chineses, suspeitos da mídia controlada do Partido Comunista, questionaram o relato oficial da polícia de que o homicídio foi uma tentativa de assalto que deu errado.
Alguns perguntaram, “Quem levaria explosivos para roubar alguém?” e sugeriram que vingança foi o motivo do assassinato. “Deve ser vingança, o assassino queria morrer junto com ele”, disse um deles.
No início desta semana, o assassinato atraiu mais de 60 mil comentários em websites de mídia social em apenas 10 horas. Muitos internautas comemoraram a morte do oficial e até mesmo enviaram mensagens de congratulações ao assassino.
Outros suspeitam que a corrupção esteja por trás do ataque a He Bin e defenderam o assassinato de mais oficiais do Partido Comunista.
Mensagens como “matem todos os oficiais […] acreditem em mim, nenhum deles é inocente” e “Bom trabalho! Por que não mataram o chefe da Secretaria de Habitação também?” foram rapidamente removidas por censores, informou o blogue Liuzhou Laowai.
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