Antioxidantes aumentam a fertilidade masculina

06/03/2012 00:00 Atualizado: 06/03/2012 00:00

MIRTILO: Este fruto é uma excelente fonte de antioxidante. (Cat Rooney/The Epoch Times)

A infertilidade não é um problema insignificante, problemas relacionados com o sêmen do homem estão relacionados com metade de todos os casos. Quantidades baixas de sêmen, má-formação ou falta de mobilidade do mesmo são fatores que podem contribuir para a baixa fertilidade nos homens.

Um dos fatores que se pensa contribuir para os problemas relacionados com o sêmen é o chamado estresse oxidativo, trata-se do dano causado por elementos conhecidos como radicais livres, que são resíduos naturais que se formam durante os muitos processos que ocorrem no corpo, incluindo o processo metabólico.

Os radicais livres podem ser suprimidos por substâncias chamadas antioxidantes (incluindo muitos nutrientes). Isto tem levado alguns investigadores a avaliar o efeito da utilização de antioxidantes no tratamento da fertilidade masculina.

O artigo “Antioxidantes para a subfertilidade masculina”, publicado na Cochrane Database of Systematic Reviews 2011 (edição nº. 1), faz uma avaliação de 34 estudos que tratam do uso de antioxidantes no tratamento da infertilidade masculina.

Os agentes antioxidantes em cada um destes estudos variam grandemente. Em alguns, um único agente foi usado. Em outros, mais de um agente foi combinado. Os agentes em si variam consideravelmente e incluem zinco, vitamina E, vitamina C, L-carnitina e selênio. Todos os casais que participaram nos estudos foram submetidos a tecnologias de reprodução assistida (TRA), tais como fertilização in vitro (FIV) e inseminação intrauterina (IIU).

Reunindo o conjunto destes estudos, os investigadores da Cochrane tentaram averiguar se a terapia de antioxidantes traria algum beneficio à taxa de fertilidade. Eles descobriram que comparado com o placebo o tratamento com suplementos antioxidantes estava associado a um aumento de 485% na incidência de nascimentos bem sucedidos. (Em outras palavras, os que consumiram antioxidantes teriam cerca de 5 vezes mais probabilidade de produzir um nascimento bem sucedido em comparação com os que consumiram placebo.)

Na verdade, este resultado foi baseado em apenas 20 nascimentos, (um pequeno número), o que torna o resultado menos robusto do que seria se os estudos tivessem um número maior de sujeitos.

A taxa de gravidez também foi avaliada, neste caso os números são mais elevados (96 gravidezes no total, em 15 tentativas, e 964 casais). Verificou-se, portanto, que a taxa de gravidez foi 418% superior nos recipientes de antioxidantes. (Em outras palavras, os recipientes de antioxidantes tiveram 4 vezes mais probabilidade de engravidar suas parceiras em comparação com os recipientes do placebo.)

Nenhum dos estudos evidenciou efeitos negativos resultantes da terapia.

Meta-análises desta natureza nunca são perfeitas, especialmente quando cumulando estudos de diferentes metodologias (por exemplo, diferentes tratamentos em diferentes combinações). Contudo, esta avaliação sugere, pelo menos, que o tratamento com antioxidantes tem um potencial significativo para aumentar a fertilidade e melhorar a taxa de sucesso das técnicas de reprodução-assistida tais como a fertilização in vitro (FIV).

O Dr. John Briffa é um médico de Londres e escreve sobre saúde, com interesse em nutrição e medicina natural. Seu website é Drbriffa.com