Antes das eleições nos EUA, pressão para expor colheita de órgãos na China

26/10/2012 20:40 Atualizado: 31/10/2012 20:43
Pare a colheita forçada de órgãos num quadro de avisos em Washington DC. (The Epoch Times)

Um contexto está ganhando força antes da eleição presidencial de 8 de novembro nos EUA para uma discussão mais ampla sobre a política estadunidense sobre a China, particularmente num assunto cuja gravidade parece entrar em conflito com a visão ortodoxa de que o regime chinês possa ser um parceiro confiável.

Ativistas e uma organização de mídia nova-iorquina levantaram a questão de que dezenas de milhares de prisioneiros da consciência na China têm sido alvo da colheita de órgãos, a maioria das vezes enquanto ainda estão vivos. Hospitais militares chineses operam o negócio organizado de matar praticantes do Falun Gong por seus órgãos, uma prática que começou há cerca de uma década.

Um vídeo promovido de forma viral online, meia dúzia de cartas entregues ao presidente Obama e ao candidato republicano Mitt Romney, além de pôsteres populares, buscam chamar a atenção para o assunto.

Logo após um curto documentário produzido pela emissora NTDTV ser publicado online, ele foi republicado por Eamonn Fingleton, um ex-editor da Forbes e do Financial Times e autor do livro “In the Jaws of the Dragon” (“Nas garras do dragão”).

Em seu artigo no website da Forbes, ele postou o vídeo com a recomendação de que o curta tinha relação no contexto da corrida presidencial estadunidense e questionava a política dos EUA sobre a China comunista. “Se este clip não focar a atenção norte-americana sobre as implicações éticas da ascensão da China, nada fará”, escreveu Fingleton.

O Centro de Informação do Falun Dafa também chamou a atenção para o vídeo da NTDTV, ressaltando sua importância no contexto da transição de liderança que ocorre na China. “Apesar da crescente evidência desses crimes, a grande mídia tem frequentemente ignorado esta questão, mas como este vídeo mostra, vozes credíveis das comunidades médica e política estão alertando que coisas terríveis estão acontecendo na China que não pode mais ser ignoradas”, disse Levi Browde, o diretor-executivo do Centro de Informação do Falun Dafa, conforme citado.

Ele acrescentou que os abusos “rasgam o liame de nossa humanidade”. Browde e o Centro de Informações não fizeram uma ligação direta entre a evidência da colheita de órgãos de prisioneiros da consciência na China e a eleição presidencial nos EUA, mas os praticantes do Falun Gong nos EUA têm feito isso ativamente nas últimas semanas.

Voluntários do Falun Gong têm recolhido assinaturas para petições fora dos locais de debates e entregado cartas em mãos várias vezes ao candidato Romney, ao presidente Obama e a seus assessores e companheiros de chapa em eventos públicos em todo o país.

A página do Facebook que se autodenomina “Pare o roubo de órgãos” mostra a imagem arrepiante de uma mão segurando um coração pingando sangue contraposta a um sinal de pare em vermelho brilhante. As imagens estão disponíveis para download e postagem em lugares públicos. Elas já foram vistas em universidades em Washington e outras cidades, enquanto apoiadores populares agem para expressar seus pontos de vista com pequenos atos.

A mensagem pode estar chegando àqueles que tomam as decisões sobre a política dos EUA sobre a China ou que possam um dia tomá-las. John Bolton, um conselheiro de política externa de Mitt Romney, respondeu quando questionado sobre o assunto numa festa beneficente privada recente que isso é algo que os EUA devem “enfrentar” a respeito da China.

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