Em seu último ataque, o grupo de ativistas hackers Anonymous disse na quinta-feira que gravou uma ligação telefônica entra a polícia do Reino Unido e o FBI, liberando-a em seguida ao público.
Numa de suas contas no Twitter, o grupo disse, “O FBI deve estar curioso sobre como somos capazes de ler continuamente suas comunicações internas.”
O Anonymous postou primeiramente no website Pastebin um e-mail interceptado de oficiais do FBI. “Uma chamada de conferência está prevista para a próxima terça-feira [17 de janeiro] para discutir investigações em curso relativas ao Anonymous, Lulzsec, Antisec e outros grupos dissidentes associados”, dizia o e-mail do FBI.
O grupo também postou no website do YouTube uma conversa de 16 minutos em que se discute os esforços de segurança contra vários grupos hackers.
A polícia britânica disse à Reuters que está investigando o incidente. “Estamos cientes do vídeo, que se relaciona a uma conferência telefônica do FBI envolvendo um representante do PCeU [Unidade Central de Crime Eletrônico da Polícia]”, disse a Polícia Metropolitana de Londres (PML) num comunicado obtido pela agência de notícias.
“O assunto está sendo investigado pelo FBI. Nesta fase, nenhum risco operacional foi identificado pela PML, no entanto, continuaremos a realizar uma avaliação completa.”
O FBI disse à Associated Press que a informação “era destinada apenas a policiais e foi obtida ilegalmente”. “Uma investigação criminal está em andamento para identificar e responsabilizar os envolvidos”, acrescentou a agência.
Graham Cluley, que escreve para a companhia de segurança Sophos, disse que os hackers foram capazes de escutar e gravar a conversa porque invadiram contas de e-mail do FBI. “A suposição é que um hacker do Anonymous teve acesso a uma conta de um dos destinatários do e-mail e assim teve acesso secreto à chamada confidencial”, escreveu ele.
“Sem dúvida, as autoridades policiais ficaram chocadas ao perceberem que as mesmas pessoas que estão tentando apreender, poderiam estar sintonizadas com suas conversas internas”, acrescenta Cluley.