Ano Novo Chinês vem e vai, mas celebração fica em suspenso

02/02/2014 11:41 Atualizado: 02/02/2014 11:41

Quando criança, eu adorava o Ano Novo Chinês. Era um tempo de obter novas roupas, comer muitos bolinhos, soltar fogos de artifício e desfrutar as festividades com a família e os amigos. Quando cresci e me tornou pai de família, eu gostava de reunir as três gerações da família durante o feriado.

No entanto, o Ano Novo Chinês se tornou cada vez mais difícil quando a perseguição ao Falun Gong começou em 1999. Minha esposa foi torturada até a morte alguns anos atrás. Minha mãe faleceu da tristeza de perder sua nora e de se preocupar com o filho.

Nós não soltamos fogos de artifício no Ano Novo Chinês após minha primeira sentença de prisão mais de 10 anos atrás. Mais tarde, eu fui detido e preso várias vezes. Minha esposa foi condenada à prisão. Não tínhamos ânimo para comprar roupas novas, sair para passear no feriado ou assistir à TV. Após a morte de minha esposa, na véspera do Ano Novo, meus filhos se prostrariam diante da imagem da mãe, queimariam incenso e lamentariam sua partida.

Mas nós também pensamos na família do sr. Qin Yueming. Como eles estão passando o Ano Novo Chinês? O sr. Qin foi torturado até a morte na prisão de Jiamusi na província de Heilongjiang em 26 de fevereiro de 2011. Sua esposa Wang e a filha mais nova foram jogadas num campo de trabalho forçado por um ano e meio, porque as autoridades locais queriam frustrar seus esforços de buscar justiça pelo esposo e pai.

Pensamos na sra. Lin Ping e seu filho doente mental. Ele tem mais de 20 anos agora e está doente há muitos anos. Quando a sra. Lin foi presa pela primeira vez mais de 10 anos atrás, ele praticava a disciplina espiritual do Falun Gong também e era saudável. A escola o ameaçou com expulsão se ele não escrevesse uma “garantia” de parar a prática pacífica. Enganado pela propaganda e as mentiras do Partido Comunista Chinês, o marido da sra. Lin rasgou os livros do Falun Gong e bateu no menino repetidamente.

A segunda vez que a sra. Lin foi presa, o rapaz sofreu um colapso nervoso. Quando ele via mulheres de idade semelhante à sua mãe, ele se ajoelhava e chamava-as de “mãe” e pedia que voltassem para casa.

Pensamos também no advogado cristão Gao Zhisheng, que foi perseguido porque representou nos tribunais os praticantes do Falun Gong. Como ele está no cárcere? Como está sua família atualmente nos Estados Unidos superando o Ano Novo Chinês sem sua presença?

Esperamos que o rigoroso inverno acabe em breve na China para os milhões de famílias que sofreram e sofrem como nós.

Esta matéria foi originalmente publicada pelo Minghui.org