Anistia Internacional apela por ação urgente: Praticantes do Falun Gong sob risco de tortura

02/06/2012 03:00 Atualizado: 02/06/2012 03:00

Mais de 300 famílias assinaram uma petição visando à liberação de Wang Xiaodong. Um carimbo oficial do comitê do Partido Comunista Chinês da vila foi gravado, validando o documento. (Imagem da web)A Anistia Internacional publicou um apelo urgente em seu site pedindo a comunidade internacional pela libertação de dois praticantes do Falun Gong, Wang Xiaodong e sua irmã Wang Junling, que foram detidos pelas autoridades chinesas.

Segundo a Anistia, os dois “estão sob risco de tortura e outros maus-tratos. Eles são prisioneiros da consciência, detidos unicamente pelo exercício pacífico de seus direitos à liberdade de expressão e de associação.”

Wang Xiaodong foi detido em 25 de fevereiro depois que policiais invadiram sua casa sem um mandado e confiscaram CDs contendo material do Falun Gong que explicava e revelava os abusos sendo realizados atualmente contra seus adeptos. Eles também levaram todo o dinheiro e objetos de valor que encontraram.

Sua irmã, Wang Junling, também conhecida como Wang Xiaomei, tem pedido ativamente a libertação de seu irmão. Ela coletou os nomes e as impressões digitais de 300 famílias, quase toda sua vila natal de Zhouguantun numa petição pela libertação de seu irmão. A petição foi apresentada diretamente ao Governo Central. Os aldeões foram posteriormente sujeitos ao assédio e à intimidação das autoridades locais que os pressionam para retirarem suas declarações, mas a maioria dos moradores se recusou a se submeter a essas demandas. Os moradores passaram a serem conhecidos como os “300 bravos”.

Wang Junling também escreveu uma carta aberta sobre a situação e postou online. Ela foi posteriormente ameaçada e teve de que se esconder. Ela foi detida em 16 de maio, juntamente com outras duas pessoas, Kang Lanying e Tan Jianying, que podem tê-la abrigado.

O apelo da Anistia Internacional afirma, “O Falun Gong é um movimento espiritual que ganhou um grande número de adeptos na China durante a década de 1990. Depois que fizeram uma reunião pacífica na Praça da Paz Celestial (Tiananmen) em julho de 1999, o governo proibiu o grupo e lançou uma campanha de longo prazo de intimidação e perseguição […] fontes do Falun Gong têm documentado numerosas mortes de praticantes do Falun Gong sob custódia das forças de segurança, que se acredita terem sido causadas por tortura e outros maus-tratos.”

Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.