A União Africana (UA) exigiu que o Sudão pare de bombardear alvos no Sudão do Sul perto da fronteira, informou a imprensa.
Aviões sudaneses bombardearam várias cidades do estado de Unity no Sudão do Sul ao longo dos últimos dias. Anteriormente, o Sudão do Sul e as forças sudanesas lutaram perto da zona rica em petróleo de Heglig.
A UA em comunicado pediu a ambos os países para retirarem suas forças da região da fronteira em disputa e manter seus soldados dentro de suas fronteiras, informou a Associated Press em 25 de abril. A organização disse que o presidente sudanês Omar al-Bashir e o presidente sul-sudanês Salva Kiir precisam colocar um fim aos discursos inflamados um contra o outro.
Kiir disse na terça-feira que o Sudão essencialmente declarou guerra contra seu país através da realização de missões de bombardeio aéreo em cidades do estado de Unity. Alguns dias antes, Bashir referiu-se ao governo do Sudão do Sul como “insetos” e prometeu “liberar” o povo do país, acrescentando que não há espaço para negociação.
Organismos internacionais, incluindo as Nações Unidas, condenaram os ataques aéreos e manifestaram preocupação de que o conflito se transforme numa guerra em grande escala. Os dois lados já lutaram numa sangrenta guerra civil que durou décadas e deixou cerca de 2 milhões de mortos.
No dia 24, o Sudão do Sul definiu um plano para mobilizar o país no conflito com seu vizinho ao norte, informou o Sudan Tribune. O país planeja recrutar “jovens voluntários do Exército e ex-combatentes” para ajudar a lidar com uma guerra total potencial, disse a publicação.