Durante confronto com as autoridades sobre a expropriação forçada de terras na província de Fujian, os moradores tomaram vários oficiais como reféns, incluindo um policial da força especial, que foi algemado e desfilado pela cidade.
Após repetidos conflitos entre a polícia e os moradores sobre o confisco de terras e questões de compensação adequada, cerca de mil pessoas do município de Dongqiao, na cidade de Quanzhou, reuniram-se em frente ao escritório do Comitê do Partido Comunista Chinês (PCC) na vila de Nanhu em 11 de maio.
Eles atiraram pedras na polícia e esta acabou recuando para o prédio do governo. Aldeões então entraram no prédio e capturaram os chefes do município e do condado e dois outros funcionários, segundo o website Revolução Jasmim da China (RJC), que cobre questões de direitos humanos no país.
O Epoch Times telefonou para a delegacia de polícia de Dongqiao em 12 de maio e o oficial de plantão não negou o incidente, mas desligou o telefone.
Segundo uma fonte, as autoridades estão enviando mais policiais armados e os moradores locais têm se preparado para se defenderem.
A polícia invadiu a aldeia muitas vezes e o conflito se agravou, disse a RJC.
Às 7h de 4 de maio, cerca de 100 policiais especiais foram à aldeia e prenderam e espancaram vários moradores.
Na noite de 10 de maio, a polícia novamente prendeu moradores, resultando num conflito com mais de 2 mil aldeões.
Na manhã seguinte, a polícia continuou prendendo e espancando pessoas, inclusive idosos.
O Sr. Feng, residente na vila de Nanhu, disse ao Epoch Times que as autoridades apropriaram-se ilegalmente de mais de 2.000 hectares de terras dos moradores próximos do Mar Xingcuo para uma empresa de construção de Quanzhou. Além disso, moradores de cidades vizinhas têm protestado contra as expropriações há um longo tempo.
Feng disse que a quantidade média de terra arável por pessoa na região é de 0,01 hectare e que os moradores não podem obter seu sustento apenas com a agricultura, por isso dependem fortemente dos recursos do mar. Tomar-lhes mais de 2.000 hectares de suas terras cultiváveis, especialmente perto do mar, ameaça gravemente sua subsistência.
As autoridades locais não se comunicaram com os moradores ou lhes ofereceram compensação razoável, disse Feng. “Protestamos sobre isso inúmeras vezes, mas ainda não obtivemos resposta.” As autoridades também proibiram a mídia chinesa de reportar sobre o assunto.