Um protesto contra a construção de uma usina de tratamento de resíduos próxima a um reservatório de água levou os moradores da aldeia de Yantou a protestarem em massa em 4 de novembro, resultando na detenção e ferimento de alguns deles.
O protesto ficou feio quando os moradores, solicitando uma reunião com o prefeito, foram atacados pela polícia.
Aldeões, furiosos que os planos de construção da usina de eliminação de resíduos não foram discutidos com eles e temorosos sobre a poluição, tomaram o complexo administrativo do governo local. Testes anteriores determinaram que os moradores sofrem com alto teor de chumbo no sangue, culpa de uma indústria situada próxima da vila, e os aldeões acusou o município de inação.
“Moradores de várias vilas vizinhas se opõem ao projeto, porque a usina de eliminação de resíduos será localizada a apenas 100 metros de distância de nossa fonte de abastecimento de água”, explicou um morador.
“Cerca de 600 pessoas da nossa aldeia protestaram em frente ao prédio do governo, exigindo ver o prefeito do condado. Ninguém saiu para se encontrar conosco. Ao meio-dia, estávamos com fome e havia idosos e crianças entre nós, portanto, decidimos cozinhar em frente à sede do governo como forma de protesto. As autoridades enviaram mais de 500 policiais de choque, que nos cercaram e atacaram”, disse o morador ao Epoch Times.
Ele disse que a polícia de choque atacou seletivamente os jovens, com mais de 10 policiais batendo em um homem. “Três tiveram ferimentos na cabeça e sangravam copiosamente; o braço de um foi fraturado. Qualquer um que tentou tirar fotos com telefone celular teve o aparelho apreendido. A polícia prendeu mais de 20 jovens. Alguns deles eram trabalhadores migrantes que voltavam à vila especificamente para o protesto.”
E continuou: “Quatro aldeões ficaram gravemente feridos e muitos mais tiveram ferimentos leves. A polícia os levou para o hospital e agora o hospital não permite visitantes. Eles têm seis policiais de guarda lá.”
Indignados por não terem sido informados sobre os planos de construção da usina até a televisão local reportar a respeito, os moradores protestam preocupados com problemas de saúde para próximas gerações. Eles dizem que as autoridades locais mentiram, dizendo que a usina teve aprovação popular. “Mais de 90% dos moradores se opõem a este projeto”, disse o morador.
Uma estação de rádio local relatou que o projeto de 30 hectares era fundamental para o município e que tinha passado nas etapas de aprovação inicial, seleção de local e avaliação ambiental.
Mas os moradores querem suas dúvidas respondidas. Por que o projeto foi aprovado sem o consentimento da população local? Quando 70% dos moradores nem sabiam a respeito, por que as organizações municipais disseram que o projeto obteve 70% de aprovação dos moradores?