Aldeões em sofrimento pedem ajuda ao Falun Gong

23/05/2011 00:00 Atualizado: 23/05/2011 00:00

Uma foto tirada às pressas na cena de uma demolição forçada em 13 de maio de 2011, quando um agricultor foi alegadamente morto por uma equipe de demolição contratada pelas autoridades da vila de Luzhuang, no condado de Guanyun, província de Jiangsu. As autoridades disseram que ele havia cometido suicídio. (Fonte dentro da China)

Residentes comuns e membros do Partido Comunista de um vilarejo na província de Jiangsu deram um passo incomum na busca de alívio das demolições forçadas.

Depois de anos de apropriação de terras, assédio e outros abusos cometidos pelas autoridades locais, um grupo se reuniu e escreveu uma carta pedindo ajuda ao Sr. Li Hongzhi, fundador do Falun Dafa, uma disciplina espiritual que tem sido perseguida na China desde 1999.

A carta refere-se à crença tradicional chinesa da retribuição, segundo a qual aqueles que prejudicam os outros irão pagar eventualmente pelos seus atos. Os moradores esperam que os funcionários que os têm torturado sofram retribuição.

Desde 2002, centenas de pessoas do povoado de Luzhuang, do condado de Guanyun, província de Jiangsu, tem sido alvo das demolições forçadas promovidas pelo governo municipal e empresários. Depois que suas terras e casas foram tomadas pelo governo chinês, os moradores foram levar sua petição, mas foram detidos e enviados a campos de trabalhos forçados ou perseguidos, dizem eles.

Na manhã do dia 13 de maio de 2011, outra demolição forçada ocorreu na aldeia, o que resultou em pelo menos uma morte.

Moradores disseram ao repórter do Epoch Times que o aldeão Lu Zengluo foi espancado até a morte pela equipe de demolição, os quais muitas vezes são criminosos ou bandidos contratados pelos agentes imobiliários. Em seguida, denunciaram os moradores, para destruir as evidências, o grupo incendiou tanques de gás e causou um enorme incêndio.

Numa indicação da seriedade com que o Partido Comunista está considerando o incidente, os funcionários locais de propaganda publicaram uma refutação oficial da história dos moradores.

As autoridades dizem que Lu ateou fogo a si mesmo com os reservatórios de gás, as autoimolações acontecem de vez em quando porque os proprietários desesperados e sem nada a perder lutam contra os despejos violentos organizados pelo governo.

Em 14 de maio, um dia após o incidente, os moradores indignados com o que aconteceu e tentando provar sua versão dos acontecimentos colocaram imagens espantosas da cena da morte na internet. Eles escreveram que esperavam que a mídia no exterior conhecesse o caso.

Ao mesmo tempo, se referiram a uma carta que haviam enviado ao Sr. Li Hongzhi em 24 de abril, a qual foi publicada no Boxun, um website dissidente.

Em anexo à carta havia uma declaração coletiva de renúncia ao Partido Comunista Chinês, escrita em 8 de dezembro de 2007.

Os moradores dizem que desde março de 2010 quatro moradores já tentaram o suicídio com pesticidas como forma de protesto contra as demolições forçadas. Outras famílias tiveram a eletricidade e a água cortadas ou as estradas bloqueadas, enquanto outros foram detidos pela polícia, dizem eles.