Aldeões chineses desafiam oficiais e apoiam Falun Gong

05/11/2012 11:13 Atualizado: 05/11/2012 11:13
Li Lankui (direita) com seu filho. Li Lankui está atualmente detido num campo de trabalho forçados devido a uma operação de “limpeza” na província de Hebei antes da visita e reunião do governador de Iowa estadunidense Terry Branstad e de Xi Jinping, o indicado próximo líder chinês. (Minghui.org)

Li Lankui é residente de longa data na vila de Donganfeng. Certa vez, ele sofria de hérnia de disco, o que lhe causava tanta dor que ele chegou a ficar dois anos de cama, segundo o website Minghui.org do Falun Gong, que é a fonte de informação deste artigo sobre o caso de Li Lankui. Estando em dor constante e sob pressão para cuidar de seus filhos e pais idosos, Li Lankui era conhecido por ter um temperamento desagradável.

Após Li Lankui começar a praticar a disciplina espiritual do Falun Gong, sua dor nas costas desapareceu e seu temperamento melhorou. Toda sua comunidade passou a admirar este homem que ganhava a vida coletando sucata.

Em 1º de junho, oficiais da Agência 610, um órgão do Partido Comunista Chinês (PCC) criado com o propósito de erradicar a prática do Falun Gong na China, chegaram à casa de Li Lankui e tentaram prendê-lo. Moradores cercaram os policiais, que depois de um tempo recuaram. Porém, eles voltaram na manhã de 7 de junho e Li Lankui foi sequestrado.

A prisão foi feita em conexão com uma visita planejada a região do indicado próximo líder chinês Xi Jinping e do governador de Iowa, EUA, Terry Branstad. Os agentes 610 seguiram o procedimento-padrão do PCC e prenderam aqueles que poderiam protestar na presença de altos oficiais.

Os aldeões escreveram uma petição pela libertação de Li Lankui e 700 deles assinaram seus nomes e colocaram suas impressões digitais com cera vermelha. Imprimir suas digitais é uma forma tradicional na China de assinar um documento importante.

Os moradores também enviaram uma carta ao governador Branstad, pedindo-lhe para intervir com seu amigo Xi Jinping em nome de Li Lankui.

Numa audiência perante o Comitê das Relações Exteriores da Câmara de Representantes dos EUA em 25 de julho, uma cópia da petição dos moradores de Donganfeng foi apresentada como evidência de como os chineses estão começando a resistir a perseguição do PCC ao Falun Gong.

O PCC respondeu a petição, enviando altos oficiais do Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (o órgão do PCC com autoridade sobre quase todos os aspectos da aplicação da lei na China) para intensificar a perseguição ao Falun Gong.

Li Lankui foi condenado a um ano e três meses no campo de trabalho forçado da cidade de Shijiazhuang, onde foi relatado que ele estaria sofrendo tortura. Sua esposa e filha também foram presas e torturadas.

Após a petição para libertar Li Lankui aparecer na audiência do Congresso dos EUA, uma equipe de oficiais começou a bater de porta em porta na área. Eles exigiram saber quem organizou a petição e ameaçaram que quem assinou o documento estaria em apuros.

Dezesseis praticantes do Falun Gong da área foram presos e teriam sido torturados. Yang Yinqiao caiu para a morte quando a polícia invadiu seu apartamento no 5º andar e tentou raptá-la.

Os aldeões e outras pessoas da área não recuaram. Eles apresentaram as autoridades uma segunda petição com 306 impressões digitais e depois uma terceira com 903 impressões digitais. Recentemente, uma quarta petição foi apresentada. Esta tinha 1.108 assinaturas, das quais 622 eram impressões digitais.

Entre os assinantes estava um oficial do governo municipal do PCC. No lugar onde as assinaturas da petição foram coletadas, ele disse, “Os praticantes do Falun Gong são amplamente reconhecidos pelos moradores como pessoas boas por sua crença na verdade, compaixão e tolerância. Eu não posso estar envolvido em prejudicar o Falun Gong. Esses agentes 610 e policiais não fazem coisas normais. Para resgatar os praticantes do Falun Gong, eu assino.”

Uma mulher de 60 anos disse, “Eu tenho de assinar. Isso é uma coisa boa: ao salvar os outros, eu salvo a mim mesma. Prejudicar os outros é contra a vontade do céu. Eu devo assinar.” Ela acrescentou, “Eu sei que o Falun Dafa é bom. Eu o apoio.”

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Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.