Numa audiência recente do Congresso dos EUA sobre o histórico de direitos humanos da China, um representante do Falun Gong, uma prática espiritual atualmente perseguida pelo regime chinês, mostrou uma petição assinada por 700 aldeões chineses exigindo a libertação de um praticante preso. Uma fonte disse ao Epoch Times que esses moradores têm sido perseguidos e ameaçados por autoridades chinesas desde que o documento foi revelado.
Em 25 de julho, representantes de três grupos perseguidos na China, o Falun Gong, uigures e tibetanos, testemunharam perante o Comitê das Relações Exteriores da Câmara. A audiência teve lugar um dia após a conclusão do anual Diálogo de Direitos Humanos EUA-China, uma reunião de dois dias a portas fechadas entre as autoridades dos EUA e da China em Washington DC.
O Sr. Li Hai representou o Falun Gong na audiência. Desde que a perseguição ao Falun Gong começou em 1999, ele foi detido quatro vezes na China e torturado na prisão. Li disse que, apesar da brutalidade, a perseguição não foi capaz de suprimir a prática. Ele apresentou uma cópia do documento com as impressões digitais de 700 moradores da vila de Donganfeng, no condado de Zhengding, província de Hebei. Os aldeões pediam a libertação de um praticante local do Falun Gong, o Sr. Li Lankui, que foi sequestrado pelas forças de segurança chinesas em 7 de junho.
A prisão de Li ocorreu depois da visita do governador de Iowa, Terry Branstad, ao condado de Zhengding entre 4 e 6 de junho. Branstad foi convidado por Xi Jinping, o vice-presidente chinês e ex-chefe do Partido Comunista Chinês (PCC) no condado de Zhengding, para visitar a China. Iowa e a província de Hebei têm sido estados irmãos desde 1983.
As autoridades locais tentaram prender Li Lankui em 1º de junho, mas os moradores intercederam e conseguiram impedir a polícia de levá-lo. No entanto, ele foi secretamente sequestrado em 7 de junho e está atualmente detido no Centro de Lavagem Cerebral da cidade de Shijiazhuang em Hebei.
Quando os moradores souberam sobre a prisão de Li Lankui, eles reuniram suas assinaturas e impressões digitais para exigir sua libertação. Seus amigos e parentes, em seguida, elaboraram uma carta conjunta dirigida a Branstad, pedindo sua ajuda para libertar Li Lankui. Aldeões também apoiaram esta carta, mas não puderam colocar seus nomes por medo da própria segurança. Eles pediram a Branstad para transmitir seus pedidos de resgate para Li Lankui ao vice-presidente chinês Xi Jinping. Xi Jinping deverá suceder Hu Jintao como chefe de Estado chinês em outubro deste ano durante o 18º Congresso Nacional do PCC.
Desde que a notícia da petição tem circulado no estrangeiro, a vila de Donganfeng tem estado sob vigilância acirrada das autoridades da província de Hebei, segundo uma fonte na China. As autoridades iniciaram uma investigação sobre a petição, com autoridades do PCC na vila batendo nas portas das casas dos moradores para descobrir quem assinou seus nomes na petição.
A fonte também disse que os membros do PCC na aldeia foram chamados para uma reunião na unidade do PCC na vila e questionados.
Zhao Hongxiu, a esposa de Li Lankui, deu uma entrevista ao Epoch Times em 27 de julho. “As pessoas da aldeia têm sido ameaçados e as autoridades do PCC foram organizadas em duplas”, disse ela. “Eles vão às casas dos moradores que assinaram seus nomes e os ameaçam dizendo, ‘Quem assinou seus nomes estará em apuros!’”
A polícia pediu a Zhao Hongxiu para relembrar os nomes dos que assinaram a petição e submetê-los à delegacia de polícia local, mas ela se recusou.
Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.