O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que retifique críticas feitas pela relatora especial sobre direitos humanos à água e saneamento básico, Catarina de Albuquerque, em setembro. Na ocasião, ela responsabilizou o governo paulista pela crise no fornecimento de água.
Em ofício enviado ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, Alckmin afirmou que há “erros factuais inaceitáveis” e que “a relatora decidiu fazer as declarações a poucas semanas da eleição com propósito de inflamar a campanha”, forçando a ONU a tomar um lado político.
A assessoria do chefe-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que Catarina tem independência e suas posições não estão sujeitas ao controle da instituição.
Também afirmou que as conclusões dos relatores não refletem necessariamente posições oficiais da ONU.
O Palácio dos Bandeirantes afirmou que o ofício, “na verdade, é uma resposta do governador a um convite feito por Ban Ki-moon” para a cúpula.
O governo disse que aproveitou para “indagar se a funcionária” da ONU falava em nome do órgão ou dela própria.