O governador Geraldo Alckmin (PSDB) assumiu nesta terça-feira (9), pela primeira vez, que terá de substituir o comando da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), segundo o jornal Valor Econômico.
A afirmação foi proferida depois que o governador intercedeu pelo presidente da empresa, Mário Bandeira, contra as denúncias de envolvimento no cartel de trens de São Paulo.
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“[A troca] é provável”, disse nesta terça-feira durante solenidade de entrega da reforma do Obelisco, monumento em homenagem aos combatentes da Revolução Constitucionalista de 32, no Ibirapuera.
Bandeira foi acusado pela Polícia Federal, na última quinta-feira, 4, no inquérito que apurou esquema de falcatruas em licitações de trens entre 1998 e 2008, ao longo dos governos estaduais do PSDB.
O diretor de operações da CPTM, José Luiz Lavorente, também foi acusado.
O presidente e o diretor da empresa são os únicos servidores públicos da relação de 33 nomes formulada pela PF que até hoje estão nos cargos correspondentes.
No sábado, o governador declarou que “o doutor Mário Bandeira tem 41 anos de serviço público, é uma pessoa extremamente respeitada”.
De acordo com o tucano, a troca pode acontecer depois do término das definições relativas à reestruturação do secretariado, aguardada para a segunda metade do mês de dezembro. “Estamos estudando primeiro as secretarias. Depois vamos ver as empresas”, disse.
Todos os apontados são investigados pelos delitos de corrupção passiva, ativa, delito licitatório, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de cartel.
O governador atribuiu a alteração na presidência da CPTM à reestruturação do mandato.