Mais de meio milhão de hectares desflorestados entre Paraguai, Argentina e Bolívia
Um estudo sobre o desmatamento na região do Gran Chaco na América do Sul mostrou que em 2012 um total de 539.233 hectares foi desmatado, o que corresponde a uma média de 1.473 hectares por dia, indicando um rápido aumento anual. Em 2010, o desflorestamento foi de 266.118 hectares e, em 2011, aumentou para 294.566 hectares.
Desde 2010, o Paraguai vem liderando as taxas de desmatamento; superando a Argentina (235.601 hectares) e a Bolívia (46.084 hectares), o Paraguai teve um total de 268.084 hectares limpos em 2012.
Destaca-se no Paraguai o município de Mariscal Estigarribia como o maior desflorestado, localizado no distrito de Boqueron, com uma área de 138 mil hectares desmatados. Na Argentina, sobressai o distrito de Moreno, localizado na província de Santiago del Estero, com uma área de 21 mil hectares desmatados, ocupando o quinto lugar na região. Na Bolívia, aparece o Município de Pailon, no distrito de Santa Cruz, com 17.500 hectares.
Note-se que, desde 2012, desmataram-se novas áreas onde antes não existia este problema, como o município de Bahia Negra, incluindo áreas protegidas como Medanos del Chaco, Cerro Cabrera-Timane, o Parque Nacional Rio Negro, a Reserva da Biosfera do Chaco e a Zona Vermelha de Proteção Florestal da Argentina.
Em janeiro, registrou-se no Paraguai que 970 hectares de floresta no extremo norte do país foram transformados em pasto para gado, informou o Canal Azul 24.
“O Chaco é uma das últimas fronteiras agrícolas da América do Sul, com conflitos ambientais associados, sendo pouco povoado. Fatores adversos como falta de água doce profunda e pouca infraestrutura, até recentemente, faziam-no muito isolado para a agricultura. Estamos conscientes do grande potencial da região e das consequências em nível regional e global no futuro que trará deflorestação ao Gran Chaco”, disse Alberto Yanosky, presidente da Guyra-Paraguai, informou o Canal Azul 24.
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