Alagoas declara estado de emergência devido às inundações

22/06/2010 03:00 Atualizado: 22/06/2010 03:00

A Agência Alagoas publicou esta foto da enchente do Rio Mundaú, em União dos Palmares, Alagoas, nordeste do Brasil. (Thiago Sampaio/AFP/Getty Images)42 cidades afetadas e 22 devastadas. 80.000 pessoas desabrigadas e 40.000 casas totalmente inundadas

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou para esta terça-feira 22 de junho uma reunião com o gabinete de crises para lidar com as enchentes nos Estados de Alagoas e Pernambuco.

As inundações devastadoras causadas por tempestades na região da Zona da Mata na semana passada deixaram pelo menos 42 cidades atingidas e 22 destruídas. Estima-se que 80.000 pessoas ficaram desabrigadas e 40.000 casas foram completamente inundadas.

O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, decretou estado de calamidade pública no domingo, e mais tarde viajou para Brasília para se reunir com o presidente sobre a liberação de fundos para ajudar as vítimas.

“Na parte da tarde, já havia 22 mortes e mais de mil pessoas desaparecidas. Estamos orando pelos estão vivos, mas estamos muito preocupados porque os corpos estão começando a aparecer nas praias e rios”, disse o governador à mídia local na tarde de segunda-feira.

A cidade de Rio Comprido, atravessada pelo rio Mundaú, foi uma das mais afetadas. Segundo a prefeitura, cerca de 3 mil casas localizadas perto do rio foram completamente destruídas pela enchente. Mesmo em algumas cidades, as pessoas só se movem de barco.

30 pessoas estão desaparecidas e mais de 15 mil desabrigados estão sendo alojados em escolas públicas, ginásios e casas de parentes.

O exército, a força aérea e a marinha de Alagoas emprestaram tropas para ajudar a resgatar as vítimas das enchentes.

A polícia florestal e voluntários civis também estão trabalhando nos lugares mais afetados.

Há seis helicópteros sobrevoando a área e resgatando pessoas presas.