Os familiares dos passageiros do voo QZ8501 ficaram “muito tristes” e “desapontados” após a descoberta de dezenas de corpos nas operações de busca, disse hoje (30) à Agência Lusa a presidente da câmara municipal de Surabaia, Tri Rismaharini.
“Eles estão muito tristes. Têm o coração desiludido (…) Há cerca de 82 pessoas de Surabaia [entre as vítimas]”, contou a autarca da cidade de onde partiu o avião da AirAsia desaparecido no domingo (28) quando viajava para Singapura.
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Tri Rismaharini acrescentou que muitas famílias vieram de outros lugares para o Aeroporto Internacional de Juanda, em Surabaia, para obterem informações em primeira mão sobre o andamento das buscas.
A autarca declarou também que aconselhou os familiares a não voarem para a zona das buscas, como tinham solicitado antes da descoberta dos corpos, considerando que será melhor aguardar por notícias em Surabaia.
A responsável pela autarquia da segunda maior cidade indonésia adiantou que deverá passar a noite no departamento central da polícia provincial à espera de novidades.
Também Yulia Joice, que aguarda por notícias de um amigo malaio, com quem participa num grupo de culinária, está preparada para aguardar durante o tempo que for necessário.
“Eu espero que ainda seja possível encontrá-lo com vida. Eu tenho esperança, porque ele é um homem muito bondoso”, disse a indonésia à Lusa.
Após a confirmação de que mais de 40 corpos foram encontrados no âmbito das buscas pelo avião da AirAsia que desapareceu no domingo, as janelas e as portas de vidro do centro de apoio psicológico implementado no aeroporto Internacional de Juanda, em Surabaia, que davam acesso visual aos jornalistas foram vedadas com papel.
Ao final da tarde, os familiares receberam a visita do presidente indonésio, Joko Widodo, e do director executivo da AirAsia, Tony Fernandes.
O avião que fazia o voo QZ8501 partiu no domingo de Surabaia com destino a Singapura, onde deveria ter aterrissado cerca de duas horas depois com 162 pessoas a bordo.
O piloto pediu à torre de controle para virar ligeiramente à esquerda e subir de altitude para evitar uma tempestade, antes de a comunicação ter sido perdida.