Ainda não é possível identificar origem de vírus da síndrome respiratória no Oriente Médio, diz FAO

09/08/2013 17:36 Atualizado: 09/08/2013 17:36
Juan Lubroth, diretor de veterinária da FAO (Giulio Napolitano/FAO)
Juan Lubroth, diretor de veterinária da FAO (Giulio Napolitano/FAO)

Ainda não está clara a origem do coronavírus que causa a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS, na sigla em inglês), informou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) nesta sexta-feira (9). Laboratórios devem aprofundar suas pesquisas para descobrir se o vírus vem de algum animal ou outro organismo.

“Não temos informações suficientes para identificar com certeza a origem do vírus. Confirmar a origem e os mecanismos de transmissão e propagação é a chave para o desenvolvimento de formas de redução dos riscos colocados por este vírus aos seres humanos”, disse o diretor de veterinária da FAO, Juan Lubroth.

Coronavírus é uma família de vírus que afetam principalmente aves e mamíferos. Alguns deles podem causar doenças leves em seres humanos, porém outros são responsáveis por doenças mais prejudiciais, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave. O coronavírus em questão provoca uma doença respiratória aguda em seres humanos, porém ainda não se sabe como ele reage em animais.

A FAO ressaltou que ainda é necessária uma investigação mais aprofundada para saber qual é o papel dos animais na propagação do vírus. A declaração da agência da ONU foi dada depois de um estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente da Holanda encontrar anticorpos para o coronavírus MERS em amostras de sangue de camelos.

“Estes resultados indicam que anticorpos do vírus MERS, ou um coronavírus similar, ocorre em alguns camelos e potencialmente em outras espécies”, disse a FAO. “No entanto, a única maneira de saber com certeza se o vírus que afeta os seres humanos é o mesmo vírus que está afetando os camelos é isolá-lo nas diferentes espécies e compará-los geneticamente”, explicou.

A agência está monitorando a situação e pediu aos países que invistam em esforços para entender melhor as fontes e mecanismos de transmissão. A FAO se colocou à disposição dos governos para auxiliar nessas ações.

Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil

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