Água pode flutuar no óleo (vídeo)

22/12/2012 13:08 Atualizado: 06/08/2013 18:11

Ao contrário do que se acreditava, nova pesquisa realizada na Austrália descobriu que a água, sob condições específicas, pode flutuar no óleo e com potencial para remover vazamentos de petróleo.

Provavelmente, você aprendeu na escola que líquidos menos densos flutuam sobre os mais densos. Isso significa que petróleo bruto necessariamente flutua na superfície do mar. No entanto, engenheiros químicos da Curtin University, em Perth, descobriram que esse não é sempre o caso.

A equipe testou três interfaces – água/óleo, água/ar e óleo/ar – usando um modelo numérico que se baseou na equação de Young-Laplace, que descreve a diferença de pressão capilar na superfície de contato entre dois fluidos estáticos.

Eles adicionaram pequenas gotas de água num banho de óleo e descobriram que a capacidade da água de flutuar na superfície varia de acordo com o tamanho da gotícula bem como com o tipo de óleo e sua tensão superficial – a força de coesão entre as moléculas de um líquido que permite à água formar gotículas esféricas.

Os pesquisadores descobriram que a tensão superficial de óleos comerciais de origem vegetal é suficiente para suportar o peso de gotículas de água, o que não ocorre com os óleos minerais puros. Além disso, o óleo de origem vegetal pode suportar gotas de água de até cerca de 1/100 de centímetro cúbico.

“A estabilidade da flutuação da gotícula depende da combinação de três tensões de interface [óleo, água e ar], da densidade do óleo e do volume da gotícula de água” escreveram os autores num estudo resumo.

“Entretanto, para fins práticos, o ângulo de contato de equilíbrio deve ser maior que 5° para que a gotícula de água possa flutuar de modo eficaz.”

Essas descobertas poderão ser aplicadas na limpeza de vazamentos de petróleo por meio de micróbios biodegradantes suspensos em minúsculas gotículas de água que, assim, poderão se misturar melhor ao vazamento.

“Isso pode resultar num novo método avançado para o processamento de misturas óleo/água, tal como no de biodegradação de óleos indesejáveis, o que inclui óleos de origem vegetal, resíduos de petróleo na areia e vazamentos de petróleo”, eles escreveram.

O estudo foi publicado na revista Langmuir da American Chemical Society.

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