Segundo o jornal científico da Faculdade Americana de Alergia Asma e Imunologia, um composto químico chamado diclorofenol, frequentemente utilizado em agrotóxicos e para clorar a água, pode estar associado à origem da alergia alimentar humana.
O estudo revelou que altos níveis dessa substância encontrada em agrotóxicos pode aumentar a intolerância alimentar em determinadas pessoas causando alergia a alimentos. Este composto é amplamente utilizado por fazendeiros para controle de pragas e ervas daninhas, além de ser vastamente utilizado para clorar a água de torneira.
Estudos anteriores haviam mostrado que alergia alimentar e poluição do meio ambiente estão aumentando nos Estados Unidos. Os resultados sugerem que esses dois fatores podem estar associados e que o crescente uso de químicos e pesticidas está ligado à alta prevalência de alergia alimentar.
Já com relação à água de torneira, o estudo diz que ainda que troquemos esta água por água engarrafada, isso não será suficiente para evitar a doença devido ao fato do diclorofenol estar presente também em frutas e verduras não orgânicas.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, houve um aumento de 18% em alergia alimentar na população americana entre 1997 e 2007. Os alimentos mais comuns são leite, ovos, amendoim, trigo, nozes, soja, peixe e marisco.
A alergia alimentar é qualquer reação indesejável que ocorre após ingestão de alimentos ou aditivos alimentares. Pode ser classificada em reações tóxicas e não-tóxicas. As reações não-tóxicas podem ser de intolerância ou hipersensibilidade.
Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), estima-se que as reações alimentares de causas alérgicas verdadeiras acometam entre 6 e 8% das crianças com menos de 3 anos de idade e de 2 a 3% dos adultos. Pesquisas recentes na União Europeia verificaram que o número de acometidos por esse mal chega a 5% da população mundial. No entanto, acredita-se que o número seja ainda maior levando-se em consideração os indivíduos ainda não diagnosticados oficialmente.
Diante desse fato, fica ainda mais evidente a necessidade de consumo de alimentos orgânicos. Frutas, verduras e grãos orgânicos possuem uma quantidade de vitaminas, minerais e nutrientes altamente superior se comparado aos alimentos inorgânicos.
Antioxidantes são críticos para a saúde humana. Eles mantém os radicais livres sob controle evitando-se câncer por exemplo. Além disso, eles reforçam o sistema imunológico e têm propriedade antienvelhecimento. A quantidade de antioxidantes em alimentos orgânicos é muito maior se comparada aos alimentos convencionais.
Pesquisas têm mostrado que os pesticidas e herbicidas atrapalham a produção dos antioxidantes e que solos férteis fazem o papel oposto aumentando significativamente este nível nos alimentos. O ácido salicílico, por exemplo, é seis vezes mais presente em alimentos orgânicos e é altamente anti-inflamatório, sendo muito poderoso no combate da arteriosclerose.
Os alimentos inorgânicos possuem seu ecossistema desequilibrado pelos agrotóxicos e consequentemente desequilibram o ecossistema humano. Preservar o balanço do próprio corpo é fundamental para a prevenção não só de alergia alimentar, como também, de inúmeras outras doenças que podem ser prevenidas evitando-se seu consumo.