Inundações severas causadas pelo tufão Utor em Guangdong, no sul da China, isolaram um grande número de pessoas em suas casas sem qualquer sinal de resgate.
A chuva torrencial, que dura dias na região, provocou o colapso de diques de contenção, causou deslizamentos de terra e inundou aldeias inteiras. O blogue oficial do Yangcheng Evening News chamou o desastre de a pior enchente do século.
Os moradores dizem que as autoridades não os estão resgatando e a mídia não têm informado sobre a situação. Muitas pessoas estão presas desde o dia 17 de agosto e algumas estão usando a internet para pedir ajuda ou postar fotos do dilúvio.
“Choveu aqui por quatro dias e noites consecutivos”, disse Huang, um morador da cidade de Lianzhou em Guangdong. “O rio subiu mais de 9 metros. Muitas casas de dois e três andares ficaram submersas na inundação. Não há ninguém em toda a aldeia, sete ou oito aldeias estão completamente submersas.”
Caiu mais de 550 milímetros de chuva na região de Chaoshan em Guangdong, o maior recorde registrado desde 1959. A enchente afetou 500 mil pessoas, segundo estimativas atuais. Mais de 200 pessoas teriam morrido ou desaparecido devido ao tufão, segundo o Huffington Post.
“Os idosos na aldeia dizem que esta é a chuva mais pesada que já viram”, disse o Sr. Luo, um residente da cidade de Huizhou. “Quando os oficiais do governo apareceram, já era tarde demais. Se o reservatório tivesse desmoronado, todos teríamos morrido. Agora estamos aqui, sem energia elétrica, abastecimento de água, alimentos ou água potável”, concluiu Luo.
As províncias de Liaoning, Jilin e Heilongjiang, no nordeste da China, também têm enfrentado graves inundações neste mês. A chuva forte durou mais de duas semanas lá e o Ministério dos Assuntos Civis informou 105 mortes nas inundações do norte desde 19 de agosto, mas um internauta garantiu que havia mais de mil mortos apenas no condado Qingyuan, em Liaoning.