Agências de classificação de risco rebaixam África do Sul

16/06/2014 11:00 Atualizado: 15/06/2014 20:32

A Standard & Poor’s cortou o rating da África do Sul na sexta-feira (13), horas depois de a Fitch piorar a perspectiva para o país a negativa, com ambas as agências de classificação de risco citando preocupações sobre as perspectivas ruins para a economia, principalmente por causa de uma greve no setor de exploração de platina.

Os movimentos são um golpe para o presidente Jacob Zuma, recentemente eleito para segundo mandato de cinco anos, mas sob pressão para aumentar os gastos e melhorar a vida de milhões de pessoas presas na pobreza e sem emprego 20 anos após o fim do Apartheid. A S&P baixou o rating do país em um degrau, para “BBB-“, dizendo que a greve prolongada, juntamente com a fraca demanda doméstica e externa, provavelmente reduziu o crescimento do segundo trimestre após a contração nos primeiros três meses de 2014.

“Apesar do resultado fiscal da África do Sul ter se mantido até agora, a política orçamentária ao longo dos próximos anos pode tornar-se exposta ao crescimento econômico mais fraco, às pressões das negociações salariais do setor público e ao aumento das necessidades de gastos públicos”, informou a agência. “Não acreditamos que o governo de Zuma vai conseguir realizar grande trabalho ou outras reformas econômicas que vão aumentar significativamente o crescimento do PIB”, acrescentou.

Mais cedo, a Fitch reafirmou a classificação da África do Sul em “BBB”, mas mudou sua perspectiva a negativa, de estável, citando também as perspectivas de crescimento pobres e aumento da dívida pública. A Fitch reduziu sua previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,7% para este ano, ante previsão do governo de 2,7%.

videVERSUS