Agência de inteligência dos EUA pagou US$ 150 milhões à agência britânica

01/08/2013 17:57 Atualizado: 01/08/2013 17:57
John Inglis (à esquerda), vice-diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA), fala com o senador Patrick Leahy (D-VT), presidente do comitê de auditoria sobre a Lei de Inteligência e Vigilância Estrangeira (Brendan Smialowski/AFP/Getty Images)

A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos pagou a agência espiã britânica GCHQ cerca de US$ 150 milhões em fundos secretos, informou um artigo na quinta-feira.

O jornal The Guardian, citando o ex-agente da NSA norte-americano Edward Snowden, informou que o dinheiro foi pago ao longo dos últimos três anos para ganhar influência e acesso sobre a agência de inteligência britânica.

“O GCHQ deve mover o seu peso e ser visto movendo o seu peso”, diz um documento secreto da agência. E acrescenta que desenvolvimentos na sede de Bude, no sudoeste da Inglaterra, foram pagos pela agência de espionagem dos EUA.

Um documento de 2010 também observou que os EUA “levantaram uma série de questões no que diz respeito a atender às expectativas mínimas da NSA”. E diz que o GCHQ “ainda permanece aquém do completo acesso da NSA”.

Os documentos vazados, citados pelo The Guardian, também mostram que o GCHQ procura “explorar qualquer telefone, em qualquer lugar, a qualquer hora”. Snowden teria dito ao jornal que “não é apenas um problema dos EUA”, acrescentando que a agência de espionagem britânica é “pior do que a dos EUA”.

O Guardian disse que a quantidade de dados pessoais que são utilizáveis pelo GCHQ aumentou em 7.000% nos últimos cinco anos. No entanto, a maioria da inteligência do Reino Unido vem da NSA. Além disso, alguns funcionários da agência tiveram problemas com “a moralidade e a ética de seu trabalho operacional, sobretudo com o nível de sigilo envolvido”.

Na quinta-feira, Snowden agradeceu a Rússia por lhe permitir obter asilo. Segundo a Associated Press, ele deixou a zona de trânsito do aeroporto de Moscou. “Ele agora é um dos homens mais procurados do mundo”, disse o advogado Anatoly Kucherena à AP.

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