O verão é a época do ano em que os casos de afogamento são mais frequentes.
Cerca de 8 mil pessoas morrem ao ano por afogamento no Brasil.
As causas podem ser o descuido com as crianças, o consumo de bebidas alcoólicas, a euforia, o excesso de autoconfiança e o desconhecimento das praias, o mau condicionamento físico, as cãibras etc.
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No Brasil, para as crianças entre 5 e 9 anos, o afogamento é a segunda causa de mortes traumáticas.
As pessoas não se afogam somente no mar: represas, lagoas e piscinas – inclusive familiares – são locais onde os afogamentos ocorrem com frequência. Até mesmo em banheiras ocorrem tragédias, quando, por desatenção dos pais, crianças, e, especialmente bebes, morrem afogados.
Por isso, é importante evitarmos as situações perigosas e desnecessárias: desatenção, descuido e irresponsabilidade podem levar a graves situações, muitas vezes fatais.
É sempre bom ter suas crianças à vista quando há água por perto: no camping, na praia, no lago, na represa, na piscina e na banheira.
Para os jovens e os adultos é sempre bom evitar o afastamento da beira da praia, e nas praias de tombo (onde existe um declive abrupto no solo e um aumento rápido da profundidade) os cuidados devem ser redobrados, já que perde-se o pé do solo num instante.
Pessoas que não sabem nadar bem devem se manter em locais de água rasa e, se possível, em companhia de pessoas que saibam nadar bem. Mas, aqueles que nadam bem também correm perigo, em geral pelo excesso de autoconfiança, que os leva a buscar locais mais perigosos e de mais difícil acesso caso ocorra uma emergência.
Se você está fraco, mau condicionado fisicamente ou levemente doente evite entrar na água, e se entrar, fique próximo à terra firme e, se possível, junto com pessoas capazes de prestar auxílo, caso seja necessário.
Se você tomou bebidas alcoólicas ou está “alto” não entre ou evite ao máximo entrar na água, porque seus reflexos físicos e a sua percepção espacial estarão aquém do que uma pessoa saudável e consciente deve ter para estar dentro da água.
Mas, mesmo se você é responsável, situações inesperadas e perigosas podem ocorrer na água. Caso ocorram, procure pessoas preparadas para ajudar, como guarda-vidas, bombeiros e socorristas. E caso não exista ninguém treinado para ajudar, grite por socorro e peça ajuda a outras pessoas; mas sempre tente manter a calma e o contexto espacial do que está acontecendo.
Também é bom que você mesmo saiba o que fazer nesses casos de pessoas se afogando, onde não há ninguém para ajudar. Mas, lembre-se: se você não souber nadar ou não souber como ajudar, não tome atitudes descontroladas ou impulsivas, porque, algumas vezes, você pode piorar a situação, sendo o próximo a precisar de ajuda.
E caso seja você que está se afogando, lembre-se com todas as forças de manter a lucidez, o senso espacial e de tentar flutuar (especialmente de barriga para cima). Acalme-se, porque com uma mente desesperada, em pânico e confusa nem mesmo as saídas fáceis podem ser encontradas. Com uma mente calma até o impossível se torna possível.
Abaixo temos 3 vídeos de especialistas em salvamento e primeiros socorros para afogamentos: eles te ensinarão como proceder caso uma criança ou um adulto estiver se afogando e/ou precisar dos primeiros socorros depois de sair da água.
Alberto Fiaschitello é terapeuta naturalista e cientista social