Doadores numa conferência internacional em Tóquio prometeram 16 bilhões de dólares em ajuda ao Afeganistão nos próximos quatro anos para o desenvolvimento econômico, mas ressaltaram que Cabul precisa combater a corrupção antes que a maioria do dinheiro seja liberada.
Ministros das Relações Exteriores se reuniram em Tóquio para um encontro no fim de semana, dizendo que não abandonariam o Afeganistão, quando a OTAN e tropas norte-americanas se retirarem completamente no final de 2014.
“A comunidade internacional deixou claro sua intenção de apoiar o Afeganistão, apesar de reconhecer que o apoio financeiro sustentado só é possível, e só é responsável, se o Afeganistão implementar com sucesso seu programa de governo e as reformas econômicas necessárias”, diz um comunicado do Departamento de Estado dos EUA ao descrever as condições necessárias para garantir a liberação dos bilhões de dólares.
O Afeganistão também precisa “[manter] um sistema político que reflita sua sociedade pluralista, incluindo a igualdade entre homens e mulheres e permanecer firmemente fundado na Constituição afegã”, diz a declaração.
Parte do dinheiro será retido se o Afeganistão não puder melhorar o governo e gerir suas finanças melhor. O país é totalmente dependente da ajuda estrangeira para pagar suas contas e manter a infraestrutura e segurança.
“A segurança do Afeganistão não pode ser medida somente pela ausência de guerra”, disse a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, segundo uma transcrição. “Tem de ser medida pelo fato de as pessoas terem empregos e oportunidades econômicas, se eles acreditam que seu governo está satisfazendo suas necessidades, se a reconciliação política procede e é bem-sucedida”, acrescentou ela.
O presidente afegão Hamid Karzai salientou que o maior desafio do seu governo nos próximos anos é a insegurança. Ele prometeu que seu governo faria o possível para reduzir a corrupção e exortou aos parceiros internacionais do país para fazerem o mesmo. “Juntos, temos de parar as práticas que alimentam a corrupção ou minam a legitimidade e eficácia das instituições nacionais”, disse Karzai.