Advogados de Lula querem que Zavascki retome procedimentos sobre ex-presidente

20/03/2016 20:07 Atualizado: 20/03/2016 20:14

Depois da tentativa de trocar o procurador que investigava o caso do apartamento tríplex no Guarujá, os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agora querem definir qual será o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que fará o julgamento da nomeação de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil, segundo reportagem da Folha.

No sábado (19), Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins entraram com pedido ao ministro do STF Teori Zavaski para que ele “reafirme sua competência para analisar os procedimentos que foram remetidos ao STF no último dia 16/03/2016, após o juiz Sérgio Moro declinar de fazê-lo”. Zavaski é o encarregado das investigações da Operação Lava Jato no STF.

Em comunicado à imprensa neste domingo (20), os advogados afirmam que “não cabia ao Ministro Gilmar Mendes, ao analisar as ações do PSDB e do PPS, definir o órgão competente para dar continuidade às investigações que procuram envolver o ex-presidente”.

Leia também:
Gilmar Mendes concede liminar que suspende posse de Lula
Cunha abre sessão no plenário nesta sexta para acelerar impeachment
Aécio Neves e Renan Calheiros são citados por Delcídio em delação premiada

Mendes manteve, na última sexta-feira (18), a liminar concedida pela Justiça Federal que determinou o cancelamento da posse do ex-presidente como ministro-chefe da Casa Civil, e deliberou que o processo de investigação contra ele voltasse à 13ª Vara Federal de Curitiba, ou seja, para as mãos do juiz Sérgio Moro.

Os advogados de Lula recordam o fato de que, na última sexta-feira (18), também haviam pedido que Zavascki ordenasse que sejam devolvidos os sigilos dos grampos feitos no telefone de Lula com autorização judicial. Ainda conforme o comunicado, também na última semana, Moro levantou os sigilos das gravações telefônicas. Há “gravações realizadas sem autorização judicial e outras que envolveram, de forma reprovável, os próprios advogados de Lula”, o que foi repudiado pela Ordem dos Advogados do Brasil.