Advogados chineses que defenderam o Falun Gong: Wei Liangyue

13/06/2012 03:00 Atualizado: 13/06/2012 03:00

Wei Liangyue, numa foto antes de seu sequestro e detenção ilegal pelas autoridades chinesas. (De uma fonte na China)Wei Liangyue é um advogado chinês influente que lutou fervorosamente muitas batalhas judiciais pelas vítimas do regime chinês, incluindo praticantes do Falun Gong e os ilegalmente detidos pelas autoridades. Em 25 de maio, Wei foi sequestrado pela polícia e não foi visto por sua família desde então. Este artigo detalha a injustiça e as dificuldades que Wei sofreu nas mãos do regime comunista chinês desde 2008, porque continuou a lutar contra a injustiça do regime.

Wei Liangyue está entre a primeira geração de advogados chineses, tendo praticado desde 1988, e é considerado uma figura muito influente na China. Ele defendeu apaixonadamente muitos grupos desfavorecidos ao longo dos anos, incluindo as vítimas de detenção ilegal e casos envolvendo praticantes do Falun Gong.

Desde 2008, a polícia, os departamentos judiciais e oficiais da “Agência 610” têm repetidamente alertado Wei a não defender praticantes do Falun Gong. (A Agência 610 é um poderoso e secreto órgão de inteligência criado por Jiang Zemin com o único propósito de perseguir os praticantes do Falun Gong.)

Em 2009, durante a inspeção anual de licenças de advogados, o Departamento de Justiça Provincial de Heilongjiang, sob as ordens da Agência 610, ameaçou não renovar as licenças dos outros advogados no escritório de Wei se ele não renunciasse a seu cargo de diretor. Wei não teve escolha a não ser renunciar.

Em 28 de fevereiro de 2009, a polícia prendeu Wei e sua esposa Du Yongjing por participarem numa reunião do Falun Gong. Wei foi detido no Centro de Detenção do distrito de Nangang e sua esposa foi detida no Centro de Detenção para Mulheres da cidade de Harbin. Wei foi detido por “reunir-se com a intenção suspeita de perturbar a ordem pública” e passou o próximo ano e meio sendo “reeducado” num campo de trabalho.

Em 25 de maio de 2012, Wei ligou para sua esposa e disse que foi sequestrado por 20 policiais da Divisão de Segurança Nacional do distrito de Nangang, na cidade de Harbin, e seria enviado a um campo de reeducação por questões relacionadas ao Falun Gong.

Wei não contou a sua esposa onde o campo era localizado, então, ela pediu a ajuda de três advogados e procurou desesperadamente pelo paradeiro de seu marido em vários departamentos governamentais. A polícia finalmente enviou um aviso à família de Wei dois dias depois afirmando que ele havia sido entregue à Agência 610 no distrito de Nangang.

A detenção de Wei não seguiu qualquer procedimento legal conhecido. Mais tarde, um oficial da Agência 610, chamado Zhang, falou com Du e confirmou que Wei estava num campo de reeducação, mas disse que ele não poderia contar mais detalhes. De acordo com Du, o oficial lhe disse, “Em nome do governo, vamos garantir a segurança do seu marido.”

Du disse ao Epoch Times, “Foi-me dito que o secretário do distrito acompanhou meu marido 24 horas por dia e cuidou bem dele. Eles ficaram num quarto com duas camas em condições muito boas. Eu pedi à polícia para seguir os procedimentos legais, mas eles disseram que as ordens de seus superiores não seguem procedimentos legais. Obviamente, eles não teriam procedimentos legais para algo que é ilegal. Eles me disseram que o retorno do meu marido dependeria do progresso de sua ‘reeducação’.”

Sob significativa pressão da opinião pública e depois de repetidos pedidos dos familiares de Wei, a polícia finalmente permitiu que Wei telefonasse para sua mãe na noite de 5 de junho. Du disse, “Ele ligou para minha sogra, mas nenhum número de telefone foi indicado. Meu marido disse a sua mãe, ‘Eu não violei qualquer lei. Eu estou bem. Não se preocupe mãe. Não chore.’ Talvez porque ele estava sob vigilância, ele não nos disse seu paradeiro, nem sabia quando poderia voltar. Mas eu tenho esperança que meu marido voltará o mais breve possível.”

Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.