Um advogado de Pequim denunciou a execução de um prisioneiro no corredor da morte feita num hospital, dizendo que o ato foi realizado por conveniência, pois, simultaneamente, colheram seus órgãos.
O advogado Han Bing da firma de advocacia H&J Pequim, que representa a família do homem executado, postou uma mensagem no Sina Weibo, um popular serviço de microblogue chinês similar ao Twitter, em 6 de dezembro.
Ele disse “Esta manhã assistiu a uma prática horrível de execução. Nesta semana, a Suprema Corte contatou o Supremo Tribunal Provincial para reexaminar um caso determinado de pena de morte. No entanto, o Tribunal Popular Intermédio arranjou que o prisioneiro fosse executado prontamente sem notificar os parentes para uma visita de despedida. A razão para a pronta execução era que o prisioneiro condenado a pena de morte tinha de ‘boa vontade’ assinado uma permissão de doação de órgãos. Para assegurar a qualidade dos órgãos, a execução foi realizada no hospital. Estes juízes e médicos sem consciência transformaram um hospital num local de execução e num mercado para o comércio de órgãos!”
Em resposta a consultas feitas, Han Bing escreveu, “Meus agradecimentos aos internautas e à mídia por sua grande preocupação nesta matéria. Sou responsável por este caso, mas a situação surgiu de repente e inesperadamente. Em nome dos parentes, questionaremos a Supremo Corte sobre a execução logo que o funeral for concluído. Nenhum outro detalhe pode ser revelado agora. Obrigado por sua compreensão!”
A mensagem de Han Bing no Weibo foi anunciada e comentada quase 24 mil vezes até 8h30 de 7 de dezembro EST. Ela foi excluída (censurada) em 9 de dezembro.
Um internauta Shenzhen de pseudônimo ‘digg88’, que trabalha para a empresa de software Kingdee, disse no Weibo, “O regime de comprar e vender órgãos de prisioneiros no corredor da morte ocorre há muitos anos, segundo um amigo meu que trabalhava no sistema judicial.”
Os ‘Médicos contra a Colheita Forçada de Órgãos’ (DAFOH), um grupo sem fins lucrativos com sede em Washington, fizeram uma declaração recente sobre o plano do regime chinês de eliminar progressivamente a extração de órgãos de prisioneiros executados. “Os DAFOH estão preocupados que as mudanças anunciadas sejam principalmente destinadas a apaziguar a comunidade internacional, enquanto os abusos do transplante antiético de órgãos continuarão em segredo.”
“Depois de anos negando o uso de prisioneiros executados como fonte de órgãos para transplante, a China já admitiu esta prática antiética. No entanto, ainda não reconheceu que utiliza órgãos de prisioneiros da consciência detidos. Sem revelar a verdadeira extensão da fonte de órgãos, não há razão para supor que a colheita de órgãos de praticantes do Falun Gong também seja gradualmente eliminada”, dizia a declaração.
O Dr. Arthur Caplan, diretor da Divisão de Bioética do Centro Médico Langone da Universidade de Nova York, iniciou em 2 de dezembro um abaixo-assinado no website da Casa Branca chamado “Nós o povo”, pedindo que o governo dos EUA investigue e condene a prática do regime chinês de matar praticantes do Falun Gong e prisioneiros da consciência por seus órgãos.
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