Pacientes que tem receio de agulhas de acupuntura podem ficar mais tranquilos. O método de três agulhas é uma boa técnica para se utilizar nas primeiras sessões, pois não provoca dor. Os pacientes percebem também um bom resultado com esse método que utiliza menor quantidade de agulhas.
A técnica vem ganhando adeptos com o crescente retorno das abordagens objetivas na acupuntura, sem deixar de lado a complexidade dos estudos clínicos sobre a causas e o desenvolvimento das doenças.
As características do método de três agulhas lembram as descrições dos médicos chineses antigos como Hua Tuo, que preconizavam o menor uso possível de pontos.
A técnica das três agulhas é utilizada para tratar sintomas, doenças e síndromes energéticas. Para realizar essa aparente técnica simples é necessário um profundo conhecimento da rede de canais de energia e entender sobre as funções isoladas e combinadas de pontos de acupuntura para que se possa fazer o melhor tratamento com a menor intervenção possível.
O objetivo do método é utilizar três pontos de acupuntura com ações sinérgicas, onde um ponto potencializa as funções dos demais, reforçando os efeitos da terapia.
A forma de estimulação segue os padrões tradicionais, onde o direcionamento e a manipulação corretos proporcionarão efeitos mais eficazes. O uso da moxabustão, ventosa ou sangria podem ser utilizados de forma associada.
Conhecida originalmente pelo nome ‘San Zhen Liao Fa’, a técnica de três agulhas foi desenvolvida por Dr. Jin Rui, professor titular da Universidade de Medicina Chinesa de Guanzhou. No ocidente há um trabalho similiar de J.B. Worsley que também utiliza um número mínimo de pontos de acupuntura, porém sua abordagem visa trazer maior equilíbrio ao organismo de acordo com a constituição do paciente, tratando desequilíbrios constitucionais.
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Isaac Padilha é fisioterapeuta especialista em acupuntura e professor titular do Instituto Brasileiro de Acupuntura e Moxabustão de Porto Alegre (Ibrampa)