A lenda do zodíaco chinês

18/03/2012 00:00 Atualizado: 18/03/2012 00:00

OS DOZE ANIMAIS: Os animais do zodíaco chinês. (Zhiching Chen/The Epoch Times)

Como os doze animais conseguiram seus meses

Há muito tempo, o Imperador de Jade celebrava seu aniversário no céu. Infelizmente, nesse momento, não havia forma de contar os anos, então, ele não podia ter certeza da idade que tinha. Por isso, ele decidiu encontrar um método de contar os anos.

O imperador enviou um de seus servos à floresta para anunciar que haveria uma corrida entre os animais e um prêmio especial para os 12 vencedores. Quando os animais ouviram a notícia, todos se questionaram sobre o que seria o prêmio.

No dia da corrida, o imperador chegou numa carruagem dourada. Assim que clareou a voz para falar, os animais fizeram silêncio. “Haverá uma corrida de uma margem à outra do rio. Os primeiros 12 animais que chegarem terão um ano com seu nome. O primeiro ano terá o nome do primeiro animal que chegar e assim por diante”, disse o imperador.

No dia da corrida todos os animais alinham-se na linha de partida. Com a descida da bandeira a corrida começa e os animais correm em direção ao rio. Os primeiros a chegar à margem do rio foram o gato e o rato, mas logo perceberam que o rio era maior do que haviam pensado. De fato, parecia bastante perigoso. Eles se sentaram e, enquanto pensavam sobre o que fazer, o boi chegou. De repente, o rato teve uma ideia e perguntou, “Boi, você se importa de nos carregar através do rio?” O boi era um animal bondoso e por isso concordou de imediato.

O gato e o rato saltaram na cabeça do boi e juntos atravessaram o rio. Assim que estavam prestes a chegar à outra margem, o rato deu um salto da cabeça do boi, fazendo que fosse o primeiro a chegar à outra margem.

“Parabéns!”, disse o imperador. “O primeiro ano terá seu nome” O boi ficou furioso por ter sido enganado, mas, sendo o segundo animal a atravessar, o segundo ano ficou com seu nome.

Houve um longo período até o tigre chegar, exausto após ter nadado duramente. O imperador ficou satisfeito com seus esforços e deu seu nome ao terceiro ano. O tigre foi seguido pelo coelho, que surpreendeu o imperador. “Todos sabem que os coelhos não sabem nadar. Com certeza você trapaceou!”

O coelho explicou que é verdade que não sabia nadar, mas que tinha conseguido atravessar o rio saltando entre as pedras e navegando em cima de um tronco. O imperador ficou impressionado e atribui-lhe o quarto ano.

O imperador estava deliciado com o que havia visto. Todos os animais haviam mostrado tremendo empenho em atravessar o rio, mas ele esperava que o dragão que tanto consegue nadar como voar fosse facilmente ganhar. No entanto, o dragão não estava à vista.

Precisamente nesse momento, uma sombra desceu sobre os animais no momento em que o dragão se aproximava para pousar. “Finalmente chegaste. Onde tens estado?”, perguntou o imperador. “Tive de fazer chover, depois vi um coelho tentando atravessar o rio em cima de um tronco, por isso tive de criar vento para ajudá-lo atravessar”, disse o dragão. “Muito bem. És o quinto animal a chegar, por isso ficas com o quinto ano”, disse o imperador.

Os animais bem sucedidos juntaram-se na margem e observaram o resto dos participantes atravessarem o rio. O cavalo nadava furiosamente e estava prestes a alcançar a terra quando a cobra rastejou por baixo de seus cascos. O cavalo ficou tão surpreso que recuou em choque, permitindo que a cobra se esgueirasse pela linha de chegada e ficasse em sexto lugar. O cavalo chegou em sétimo lugar e ficou feliz com isso.

Depois ocorreu a vista mais fantástica de um dia extraordinário, um galo, um macaco e uma cabra viajando juntos numa jangada. O galo havia encontrado uma jangada e os outros dois ajudaram-no a remover os juncos e a navegar. Quando finalmente chegaram à margem, o imperador estava deliciado. “Nunca vi um exemplo tão formidável de trabalho em equipe!” E assim atribuiu à cabra o oitavo ano, ao macaco o nono ano e ao galo o décimo ano.

Houve um longo período até que o animal seguinte chegasse. O imperador começou a questionar se algum outro animal ainda chegaria e se o desafio que havia lançado seria muito difícil. Mas a preocupação era infundada, pois o cão nesse momento apareceu e se aproximou da margem. O cão explicou que a água estava tão limpa que não resistiu tomar banho no rio. O imperador riu e atribuiu-lhe o décimo primeiro ano.

Só faltava ver que animal chegaria em último lugar. Os animais estavam discutindo o assunto quando o porco apareceu na margem ganhando o décimo segundo ano. A trombeta do imperador soou e o ele começou a falar. “Parabéns a todos os animais que conseguiram atravessar o rio hoje. Seus nomes serão lembrados para sempre devido a seus fantásticos esforços”, disse ele.

Mas o que aconteceu ao gato que se sentava na cabeça do boi? O rato empurrou-o de volta para o rio e ele foi levado à margem original, e desde então gatos e ratos se tornaram inimigos.