A “geração net” não existe, diz estudo

24/02/2013 11:53 Atualizado: 06/08/2013 18:04
Estudantes universitários mais novos são mais propensos a se distraírem com redes sociais e mensagens instantâneas de acordo com novo estudo (Littleny/Dreamstime.com)

Apesar de estarem imersos em tecnologia, segundo uma nova pesquisa, nem todos os alunos usam ou são hábeis no uso da tecnologia. No entanto, verificou-se que os telefones celulares e as redes sociais representam uma distração ao estudo entre estudantes menores de 25 anos.

A pesquisa, liderada pelo Dr. Christopher Jones, da Open University, analisou como os estudantes universitários de hoje usam a tecnologia para fins sociais e de estudo. Mais de 2.000 alunos do primeiro ano em cinco universidades inglesas foram pesquisados, além de uma amostra de 68 estudantes entrevistados. Alguns estudantes também fizeram um diário escrito e em vídeo de seu uso da tecnologia num período de 24 horas.

“Nossa pesquisa mostra que o argumento de que há uma ruptura geracional entre a geração atual de jovens, que estão imersos em novas tecnologias, e as gerações mais velhas, que estão menos familiarizados com a tecnologia, é falso”, afirmou Jones num comunicado.

“As diversas formas pelas quais os jovens usam a tecnologia de hoje revela que o argumento é demasiado simplista e que uma nova geração, muitas vezes chamada de ‘geração net’, com elevado nível de habilidade em tecnologia, não existe.”

Os resultados mostraram que uma pequena minoria dos alunos não usa e-mail, enquanto outros ficam inicialmente confusos com a variedade de tecnologias disponíveis. Quase 98% dos alunos que participaram no estudo possuíam telefone móvel, cerca de três quartos possuíam um computador portátil e mais de um terço possuía computador de mesa.

Poucas diferenças foram identificadas entre os sexos, com alunos do sexo masculino e feminino possuindo semelhantes níveis de habilidades em tecnologias de informação. Mas os estudantes do sexo masculino foram mais confiantes no uso de planilhas, gráficos e programas audiovisuais e também na manutenção de computadores e verificações de segurança.

O uso da tecnologia entre os estudantes mais jovens e mais velhos, entretanto, parece divergir. Estudantes de 20 anos ou mais jovens utilizam mais frequentemente websites de rede social, como Facebook e Twitter, mensagens de texto, mensagens instantâneas, assistem a vídeos ou carregam fotografias, enquanto o uso da tecnologia entre maiores de 25 anos era mais relacionado com o estudo do que com o lazer. Quase 80% dos estudantes com mais de 35 nunca se envolveram com websites de redes sociais.

Esse uso indiscriminado da tecnologia, das redes sociais e, particularmente, de mensagens instantâneas e seu efeito de distração foram frequentemente mencionados nas entrevistas. Mas contraestratégias, como desligar aparelhos enquanto estudam e apenas usufruir deles no tempo livre, foram desenvolvidas pelos estudantes.

Apesar de agora terem a tecnologia para estudar em qualquer lugar, os alunos ainda escolhem seu quarto ou a biblioteca da universidade, tal como estudantes de 10 anos atrás, diz a pesquisa.

Mais de dois terços dos estudantes afirmam que seu acesso à tecnologia na universidade foi adequado para atender suas necessidades de estudo e não há evidências de que as universidades estudadas não estivessem conseguindo atender às necessidades tecnológicas dos alunos, concluíram os investigadores. Embora isso não seja a realidade em boa parte do mundo.

Epoch Times publica em 35 países em 21 idiomas.

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/EpochTimesPT

Siga-nos no Twitter: @EpochTimesPT