A corrupção acabará com o regime, mas não com a China, diz economista chinês

28/12/2012 20:47 Atualizado: 28/12/2012 20:47
Zhang Weiying, ex-diretor da Escola de Administração Guanghua da Universidade de Pequim (Weibo.com)

Um ex-professor da Universidade de Pequim, Zhang Weiying, disse num fórum público na semana passada como a corrupção poderia ser resolvida na China e enfatizou que ela apenas representa uma grave ameaça para o Partido Comunista e não para a nação.

Zhang Weiying, que foi diretor da Escola de Administração Guanghua, falou sobre as “duas dificuldades da anticorrupção” no Fórum de Observadores em Pequim em 19 de dezembro, ocasião em que foram discutidas novas direções política e econômica para a China pela próxima década após a mudança da liderança em novembro.

O professor comentou que a corrupção profundamente enraizada no Partido Comunista Chinês (PCC) tem piorado e acredita que poucos oficiais estariam livres do comportamento corrupto se todos fossem investigados.

Assim, ele propôs usar o recente 18º Congresso Nacional como o início de um novo cronograma e sugeriu punir apenas os oficiais do PCC que continuassem a cometer tais crimes, deixando de lado os que tivessem corrigido seu comportamento desde o início da nova liderança.

Em referência ao relatório do 18º Congresso Nacional, Zhang Weiying se opôs ao comentário do ex-líder Hu Jintao de que se a corrupção continuar isso arruinará tanto o PCC como o país, dizendo que só o PCC será ameaçado se a nova campanha anticorrupção for malsucedida.

Recentemente, um membro do Comitê Permanente do Politburo, Wang Qishan, foi nomeado como Secretário do Comitê Central de Inspeção Disciplinar (CCID). Isso foi amplamente visto como uma tentativa de enfatizar a importância que está sendo dada à campanha.

Fontes revelaram que esta ideia é do novo líder chinês Xi Jinping, porque os dois homens já haviam chegado a um entendimento mútuo sobre os esforços anticorrupção.

Analistas acreditam que Wang Qishan, que tem experiência anterior em finanças e economia, continuará seu estilo enérgico em seu papel como secretário do CCID e é provável que concentre os esforços anticorrupção na esfera financeira da China, onde há muita.

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