No fundo do Oceano Atlântico, perto das Ilhas Canárias, se encontra uma grade misteriosa ainda sem ser desvendada
No fundo do Oceano Atlântico, a cerca de 965,6 km da costa do noroeste da África, perto das Ilhas Canárias, se encontra uma grade misteriosa que foi vista por um engenheiro aeronáutico inglês, enquanto usava o Google Earth 5.0 em 2009. Até o momento, não há nenhuma pesquisa sobre sua enigmática descoberta.
Bernie Bamford disse ao Daily Telegraph em seu informe de 2009 que a rede de linhas deve ser algo “artificial ou feito pelo homem”, comparando-a com o arranjo de quadrículas da cidade de Milton Keynes na Inglaterra.
É um retângulo de cerca de 160,9 km por 112,2 km, situado exatamente nas coordenadas 31 15’15.53 N, 24 15’30.53 O, e a uns 5,6 km abaixo da superfície do oceano.
De fato, há outras linhas retas que se entrecruzam a uns 241,4 km ao leste da rede de quadrículas que se assemelham a ruas, as quais Bamford também descobriu.
O Dr. Charles Orser, curador de história e arqueologia na Universidade do Estado de Nova York, disse que as marcas misteriosas poderiam ser os restos de uma cidade da ilha perdida de Atlântida, mencionada pela primeira vez nos diálogos do filósofo grego Platão.
“O local é um dos mais destacados da possível localização da Atlântida, segundo descrito por Platão”, disse Orser ao The Sun. “Mesmo que se prove ser apenas geográfico, certamente merece ser olhado mais de perto.”
Segundo Platão, a Atlântida era uma potência naval localizada “na frente dos Pilares de Hércules”, o Estreito de Gibraltar, que conquistou boa parte da Europa ocidental e da África ao redor de 9,600 a.C.
Platão descreveu a Atlântida como uma terra de grande riqueza e beleza natural. Mas depois de uma tentativa fracassada de Atenas de invadi-la, numa época de degradação moral desta sociedade, a Atlântida afundou no oceano, destruída por terremotos e inundações.
Google, cético
Google disse que as linhas talvez possam ser causadas pelos sonares dos navios ao recolher informações.
Segundo o The Sun, o Google disse numa declaração em 2009, que: “É verdade que muitas descobertas surpreendentes foram feitas por meio do Google Earth, incluindo um bosque primário em Moçambique, que acolhe espécies previamente desconhecidas, e os restos de uma antiga vila romana. […] Neste caso, porém, o que os usuários veem é o processo de coleta de dados pelas alterações de som. Os dados provêm frequentemente da Batimetria (o estudo da profundidade das massas d’água), usado pelos sonares instalados nos navios, ao medirem a profundidade do mar. As linhas refletem a trajetória da embarcação quando estão coletando os dados.”
Mas a explicação do Google não leva em conta as áreas entre as linhas.
O Google, da mesma forma, disse: “O fato de que há pontos em branco entre cada uma destas linhas é um sinal do quão pouco realmente sabemos sobre os oceanos do mundo.”