De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção pecuária brasileira cresceu no segundo trimestre, com destaque para o recorde no abate de bovinos. A carne suína e de frango também avançou. As exportações, apesar da queda no faturamento do agronegócio, permaneceram fortes, com a China como principal destino.
O abate de bovinos no trimestre atingiu 9,94 milhões de cabeças, um aumento de 17,2% em relação ao segundo trimestre de 2023 e 6,9% em relação ao primeiro trimestre de 2024. A produção de carcaças foi de 2,57 milhões de toneladas, 17% maior que no ano anterior.
O abate de suínos chegou a 14,55 milhões de cabeças, 2,4% acima do mesmo trimestre de 2023. O peso das carcaças somou 1,34 milhão de toneladas, um aumento de 0,9% comparado ao segundo trimestre do ano anterior.
O abate de frangos permaneceu entre as maiores produções do setor, com 1,61 bilhão de cabeças, um crescimento de 3,2% em relação ao segundo trimestre de 2023. O peso das carcaças aumentou 2,1%, totalizando 3,43 milhões de toneladas.
Setores de leite, couro e ovos apresentam estabilidade
A produção de leite aumentou 0,4% em relação ao mesmo trimestre de 2023, totalizando 5,81 bilhões de litros adquiridos. No entanto, houve uma queda de 6,3% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.
O setor de couro teve um bom desempenho, com 10,08 milhões de peças de couro cru bovino adquiridas, um crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A produção de ovos de galinha chegou a 1,15 bilhão de dúzias, uma alta de 9,1% em comparação ao segundo trimestre de 2023.
Exportações do agronegócio no primeiro semestre
Os dados da exportação da pecuária no Brasil refletem o bom desempenho do agronegócio, que, apesar de uma leve queda no valor em dólar—moeda o qual as exportações são negociadas—mantém volumes robustos. No primeiro semestre de 2024, o setor faturou US$ 82 bilhões, uma redução de 0,8% em relação ao mesmo período de 2023.
A carne bovina in natura se destacou com um aumento de 29% no volume exportado. O setor de carnes (bovina, suína e de frango) respondeu por 14% do faturamento total do agronegócio no semestre, gerando cerca de US$ 11,8 bilhões.
A China foi o principal destino, comprando 49% da carne bovina in natura e 21% da carne suína.
O mercado de carnes também enfrentou desafios com preços. Embora o volume de carne suína exportada tenha crescido 1,9%, o preço médio caiu 10,2% no semestre. Já os preços da carne de frango tiveram uma redução de 8,9%.