Os produtores agrícolas da Venezuela alertaram nesta terça-feira (26) sobre a redução “desproporcional” de sua renda como consequência da “retração do consumo” no país, que, segundo eles, “está afetando todas as cadeias agroalimentares”.
Em um comunicado publicado na rede social X (ex-Twitter), a Confederação das Associações de Produtores Agrícolas (Fedeagro) advertiu que houve uma queda na renda que “está contraindo significativamente a demanda interna por alimentos”.
A entidade também apontou que as importações de produtos acabados com “isenções tarifárias” e o contrabando estão tendo um “impacto negativo sobre os agricultores”, que “sustentam a economia” de 17 dos 23 estados venezuelanos, onde “ainda permanecem em suas unidades de produção, se autofinanciando, lutando contra o clima, a inflação e a falta de combustível”.
A Fedeagro alegou que a produção nacional “carece de apoio”, que o investimento público em “infraestrutura produtiva é praticamente nulo e o crédito bancário é significativamente restrito”.
“Não podemos ficar indiferentes a essa situação”, disse a confederação de produtores, que exigiu a criação de um Conselho Nacional de Grãos, no qual os setores público e privado fariam um “balanço entre a oferta e a demanda interna” para definir os volumes de importação e estabelecer o tempo para realizá-los.
Em agosto, o ditador do país, Nicolás Maduro, aprovou um fundo de financiamento para o setor rural e pesqueiro no valor de 165 milhões de bolívares (cerca de US$ 5 milhões na taxa de câmbio oficial da época), com o objetivo de impulsionar a produção e o crescimento agrícola do país.
Ele também pediu que fosse garantido um “fornecimento oportuno e seguro” de combustível para os produtores.
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