O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta semana projeções positivas para a safra agrícola de 2025. O destaque é um crescimento de 5,8% em relação ao ano de 2024 mostrando crescimento constantes na produção agropecuária.
Segundo o IBGE, a estimativa é que a produção de grãos, cereais e leguminosas alcance a marca de 311 milhões de toneladas. Esse resultado reflete tanto o aumento da área cultivada quanto melhorias na produtividade do campo.
Entre os principais produtos que impulsionam esse crescimento, destacam-se a soja, cuja produção é prevista para crescer 10,9%. O milho de primeira safra deve ter um aumento de 9,1%, enquanto o arroz deve crescer 6,0%. Já o feijão de primeira safra deve registrar uma alta de 18,1%.
No entanto, algumas culturas devem registrar uma ligeira queda na produção. A previsão é que o algodão herbáceo em caroço tenha um recuo de 0,7%. O milho de segunda safra deve diminuir em 1,8% sua produção em relação a 2024.
Junto às projeções de aumento da produção, o IBGE também divulgou dados sobre a capacidade de armazenagem agrícola do país. A capacidade de armazenagem cresceu 5,4% no primeiro semestre de 2024, totalizando 222,3 milhões de toneladas.
Esse aumento na capacidade de armazenagem é essencial para o escoamento da safra e para garantir a qualidade dos produtos. Isso permite que o excedente seja estocado adequadamente até que possa ser vendido, tanto no mercado interno quanto para exportação.
O número de estabelecimentos de armazenagem também apresentou crescimento, com um aumento de 3,5%. Agora, o Brasil conta com um total de 9.424 unidades espalhadas pelo território.
O estado do Mato Grosso se destaca como o maior detentor de capacidade de armazenagem, com 59,2 milhões de toneladas. A região é um dos polos de produção de soja e milho, produtos que lideram as exportações brasileiras e contribuem significativamente para a geração de divisas para o país.
Especialistas destacam que o crescimento tanto na produção quanto na capacidade de armazenagem indica um cenário promissor para o agronegócio brasileiro. Além de contribuir para a geração de empregos e renda no campo, esse aumento da produção pode ser um fator importante para conter a inflação dos alimentos.
A inflação dos alimentos tem um impacto direto no custo de vida da população, especialmente das classes mais baixas e tem crescido constantemente, apesar disso, o agro brasileiro ainda permanece contribuindo para impedir maiores altas e com perspectivas positivas para o futuro.