Mais de 3.000 agricultores e cerca de 700 tratores se aglomeraram nesta quinta-feira em frente à sede do governo da República Tcheca, no centro de Praga, onde espalharam estrume para protestar contra medidas que estão afetando o setor, que representa 2% do PIB desse país da Europa Central.
“Queremos condições iguais”, “Salvem o solo tcheco” e “Parem a liquidação da agricultura tcheca” foram algumas das mensagens exibidas nas faixas levantadas pelos manifestantes.
Convocados pela Câmara Agrária e pela União Agrícola, os agricultores fizeram várias exigências, incluindo medidas de apoio ao emprego no campo e que fossem levantadas as taxas com que o Estado tcheco tributa a ajuda comunitária à exploração agrícola.
É a terceira vez que os agricultores tchecos saem às ruas desde fevereiro, quando protestaram contra o Acordo Verde da União Europeia (UE) e a excessiva burocracia em Bruxelas na concessão de subsídios.
Além disso, pedem que a tributação fundiária não seja modificada, ao contrário do que faz o novo plano de consolidação das finanças públicas.
A manifestação de hoje, embora tenha parado durante algumas horas o trânsito nas imediações da sede do governo, transcorreu de forma pacífica, salvo incidentes isolados como o já referido derrame de estrume, segundo informou a emissora pública “CT24”.
O ministro da Agricultura tcheco, Marek Vyborny, prometeu nesta quinta-feira que o Estado apoiará o emprego no campo no próximo ano com 80 milhões de euros, com base em reduções na segurança social, em um setor no qual trabalham cerca de 100 mil pessoas.
